Um processo adiabático é um processo termodinâmico no qual não há troca de calor entre um sistema e seus arredores. O sistema é isolado termicamente. O processo é realizado tão rápido que a troca de calor é impossível dentro de um curto período
Exemplos
Em um pneu pneumático, o calor é gerado rapidamente quando o gás é comprimido.
Fluxo de ar vertical na atmosfera – O ar quente sobe e arrefece rapidamente
Expansão e contração de gás interestelar
Algumas partes do motor Carnot e do motor Diesel são adiabáticas.
Turbinas a gás operando no ciclo Otto e no ciclo Brayton usam processos adiabáticos.
PROCESSO ADIABÁTICO, PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA E MUDANÇA DE ENTALPIA
A primeira lei da termodinâmica estabelece uma relação entre a energia interna ( ΔU) de um sistema, a transferência de calor (Q) e o trabalho feito (W). A seguinte equação representa a primeira lei.
ΔU = Q – W
Como não há troca de calor, Q = 0, e o trabalho feito é dado por
W = – ΔU
Significa que se um sistema funciona, a energia sai do sistema. O trabalho feito é igual à mudança de energia interna.
O oposto também se mantém correto. Se o envolvente funcionar no sistema, a energia entra neste último.
W = ΔU
A primeira lei da termodinâmica em termos de mudança de entalpia é dada por
HH = ΔQ + VDP
Para um processo adiabático
ΔH = VDP
Portanto, a mudança de entalpia é igual ao trabalho do processo de fluxo feito pelo sistema. Esta equação aplica-se a sistemas de fluxo aberto como uma turbina ou bomba.
TRABALHO FEITO EM UM PROCESSO ADIABÁTICO
Introdução
Um processo adiabático é um processo termodinâmico no qual não há transferência de calor entre o sistema e seus arredores. Isto significa que a transferência de calor (Q) é zero, e a mudança na energia interna ( ΔU) é igual ao trabalho feito (W).
Trabalho Feito Fórmula
O trabalho feito (W) num processo adiabático é dado por:
W = (p1V1 - p2V2) / ( γ - 1)
em que:
p1, V1 = pressão e volume iniciais
p2, V2 = pressão e volume finais
( = índice adiabático (Cp / Cv)
Derivação
A primeira lei da termodinâmica afirma que:
ΔU = Q - W
Desde Q = 0 para um processo adiabático, temos:
- = -W
A energia interna (U) de um gás ideal é uma função somente da temperatura, então podemos escrever:
ΔU = nCv ΔT
onde n é o número de moles de gás, e Cv é a capacidade térmica específica em volume constante.
Equando as duas expressões para UU, nós obtemos:
nCv nT = -W
Usando a equação de gás ideal, podemos escrever:
pV = nRT
Substituindo isto na expressão por W, nós obtemos:
W = (p1V1 - p2V2) / ( γ - 1)
Fórmula alternativa
Usando a equação de gás ideal, o trabalho feito também pode ser expresso como:
W = nR(T1 - T2) / ( γ - 1)
em que:
n = número de moles de gás
R = constante de gás
T1, T2 = temperaturas iniciais e finais
Exemplo
Um gás é comprimido adiabaticamente de um volume inicial de 1 m3 para um volume final de 0,5 m3. A pressão inicial é de 100 kPa, e o índice adiabático é de 1.4. Encontre o trabalho feito.
Solução:
p1V1^ γ = p2V2^ γ
p2 = p1(V1/V2)^ γ = 100 kPa(1/0.5)^1.4 = 264 kPa
W = (p1V1 - p2V2) / ( γ - 1) = (100 kPa x 1 m3 - 264 kPa x 0.5 m3) / (1.4 - 1) = 70 kJ
Índice Adiabático ( γ)
O índice adiabático ( γ) é a razão entre a capacidade térmica específica a pressão constante (Cp) e a capacidade térmica específica em volume constante (Cv).
γ = Cp / Cv
O valor de γ depende do tipo de gás:
- Gás monatômico: γ = 5/3
- Gás diatômico: γ = 7/5
- Gás poliatômico: γ = 4/3
Aplicações
Processos adiabáticos são importantes em muitas aplicações de engenharia, incluindo:
- Motores de combustão interna
- Turbinas a gás
- Sistemas de refrigeração
- Compressores de ar

Nenhum comentário:
Postar um comentário