A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

quinta-feira, 6 de junho de 2024

A ciência do sonho


Está na hora de dormir. Durante o sono, você perde calor, seus batimentos cardíacos e pressão arterial diminuem, a frequência respiratória desacelera, ocorre um relaxamento muscular. Mas, à noite, há uma luz que nunca se apaga e onde o trabalho nunca para: seu cérebro. Ele não desliga e, na hora de sonhar, agita boa parte do sistema.

Se você não tem nenhum distúrbio do sono, pode estar certo de que sonha entre 1h30 e 2h todas as noites. Não importa que não lembre, você sonha. Não é tudo de uma vez, como um episódio de uma série, mas parcelado entre quatro a seis vezes durante a noite, principalmente quando ocorre o sono REM (também conhecida como a fase em que os olhos mexem).

Felizmente, seu corpo foi criado direitinho, e salvo uma pessoa ou outra com algum distúrbio, acontece a atonia muscular, ou seja, uma paralisia temporária dos músculos do corpo. É graças a ela que você pode sonhar que está voando sem pular pela janela ou lutar boxe sem esbofetear o parceiro.

Quando fez 125 anos, a prestigiosa revista Science trouxe na sua edição de aniversário uma lista com as 125 perguntas que a ciência ainda não consegue responder. E esse era um desses mistérios. Mas há algumas boas hipóteses.


A Jornada Noturna: Um Olhar Sobre o Sono e Seus Mistérios


Durante o sono, testemunhamos uma diminuição no ritmo cardíaco, pressão arterial e temperatura corporal, enquanto nossos músculos relaxam profundamente. No entanto, é na escuridão da noite que o cérebro acende sua luz mais brilhante, permanecendo ativo e engajado no processo de sonhar.


O Que Acontece Enquanto Dormimos?


O sono não é um estado homogêneo, mas um ciclo composto de várias fases, entre as quais o sono REM (Rapid Eye Movement) se destaca. Durante o REM, nossos olhos dançam freneticamente sob as pálpebras fechadas, e é neste momento que a maioria dos sonhos ocorre. Se não há distúrbios, sonhamos de quatro a seis vezes por noite, num total de 1h30 a 2h, embora muitas vezes não nos lembremos ao despertar.


A atonia muscular, uma paralisia temporária dos músculos, nos mantém seguros na cama, evitando que reproduzamos fisicamente nossos sonhos. Curiosamente, mesmo em um sonho tranquilo, a pressão arterial e a respiração podem aumentar significativamente, retornando ao normal ao final do sonho.


Por Que Sonhamos?


A ciência tem buscado desvendar o propósito dos sonhos por anos. Uma das teorias sugere que sonhar facilita a organização e o descarte de informações diárias, selecionando o que é relevante para a memória. Outra hipótese é a consolidação da memória, onde o sonho ajuda a armazenar informações importantes, influenciando diretamente nossa capacidade cognitiva e memória.


Além disso, os sonhos podem ser cruciais para o desenvolvimento do sistema nervoso. Pesquisas indicam que os recém-nascidos passam aproximadamente 50% do tempo de sono em REM, o que pode ser vital para o amadurecimento cerebral.


O Significado por Trás dos Sonhos


A interpretação dos sonhos é um campo ainda cheio de mistérios. Enquanto algumas culturas antigas viam os sonhos como premonições, a ciência moderna busca compreender seu papel em nossa saúde mental e bem-estar. Teorias como a da realização de desejos, de Freud, ou os sonhos como mensagens do inconsciente, de Jung, oferecem perspectivas sobre como os sonhos podem refletir nossos desejos, medos e experiências de vida.


A Teoria da Simulação de Ameaças sugere que sonhar nos permite ensaiar respostas a perigos potenciais, preparando-nos melhor para enfrentar desafios na vida real. Mesmo os pesadelos, apesar de desconfortáveis, fazem parte dessa rica tapeçaria onírica, contribuindo para o nosso processo de aprendizado e adaptação.


O Valor Inestimável do Sono e dos Sonho


O pesquisador britânico David Billington, psicoterapeuta e diretor do Instituto de Pesquisa do Sonho (Dream Research Institute), no Reino Unido,  diz ainda que existem teses como a Teoria da Simulação de Ameaças, que defendem um uso evolutivo para os sonhos, nos permitindo ensaiar respostas a situações ameaçadoras (sejam elas físicas ou sociais) sem realmente nos colocarmos em risco. 


Porém, os pesadelos não são uma categoria à parte no universo dos sonhos, apenas um “de que você não gosta. Nada mais é que um sonho com um conteúdo que para você não é agradável”. Feche os olhos e outro já vai começar.


sono e os sonhos desempenham um papel crucial em nossa saúde física e mental. Além de ser um tempo de repouso e recuperação para o corpo, o sono REM e os sonhos contribuem para a organização da memória, aprendizado, e o desenvolvimento emocional e cognitivo. Compreender a ciência do sono não apenas ilumina os mistérios da noite, mas também destaca a importância de uma boa noite de descanso para o bem-estar geral.


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Palavra-chave: ciência do sono


Fonte: Globo.com


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