A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Siriús


Sirius, também conhecida como a estrela do cão, é a estrela mais brilhante do céu noturno. Localizada a aproximadamente 8,6 anos-luz da Terra, Sirius é um sistema estelar binário que consiste em uma estrela branca da sequência principal, Sirius A, e uma anã branca companheira, Sirius B.

História e significado cultural

Sirius tem sido uma estrela importante na cultura humana por milhares de anos. No antigo Egito, Sirius era associada à deusa Ísis e era usada para prever a inundação do rio Nilo. Os antigos gregos também reconheciam Sirius como uma estrela significativa, associando-a aos meses quentes de verão.

Significado astronômico

Sirius é uma estrela relativamente próxima do nosso sistema solar, o que a torna um alvo importante para os astrônomos. Em 1844, o astrônomo alemão Friedrich Bessel descobriu que Sirius era um sistema estelar binário, e em 1862, o astrônomo americano Alvan Graham Clark descobriu a companheira anã branca, Sirius B.

Características físicas

Sirius A é uma estrela da sequência principal com uma massa de aproximadamente 2,1 vezes a do nosso sol. Ela tem uma temperatura de superfície de cerca de 9.900 Kelvin (18.000 °F), que é mais quente do que a temperatura da superfície do nosso sol. Sirius B, por outro lado, é uma anã branca com uma massa de aproximadamente 0,98 vezes a do nosso sol.


Observando Sirius

Sirius é facilmente visível a olho nu no céu noturno, mesmo em cidades poluídas pela luz. É melhor observada durante os meses de inverno no hemisfério norte, quando está mais alta no céu. Com um par de binóculos ou um pequeno telescópio, você também pode observar a natureza binária de Sirius e ver a anã branca companheira, Sirius B.

Curiosidades

- Sirius também é conhecida como "Estrela do Cachorro" porque faz parte da constelação Canis Major, que representa um cachorro.

- Sirius está se afastando de nós a uma velocidade de cerca de 7,5 quilômetros por segundo (16.800 mph).

- O nome "Sirius" vem da antiga palavra grega "Seirios", que significa "brilhante" ou "queimador".

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A Caminho do Tudo – Parte I (Edição 2025)



O ékleipsis de Tales e o nascimento da ciência ocidental

(ou como tudo começou… de novo!)

Garantidos e Caprichos da curiosidade infinita, cá estamos nós mais uma vez, encerrando o ano com a cabeça fervendo de ideias e o coração batendo no ritmo de sala de aula.

Já chegou dezembro, quase as férias, e aquele breve instante em que prometemos descansar (ficar de bubuia).

Enquanto o mundo acompanhou a COP 30 em Belém, tentando pensar como salvar o planeta do que nós mesmos fizemos com ele, e São Paulo se aqueceu pelo barulho da Fórmula 1 neste mês, eu aqui em Manaus sigo pensando em outra corrida: a corrida humana por entender o Universo.

E, como todo bom começo, volto à origem — àquele instante mágico em que a curiosidade venceu o medo, e um homem chamado Tales de Mileto olhou para o céu e viu um eclipse.

O dia era 28 de maio de 585 a.C. (sim, bem antes da invenção do celular, do TikTok e da pressa dos paulistas).

Na Ásia Menor — o que hoje chamamos de Turquia — o Sol desapareceu no meio do dia.

Imagina a cena: milhares de pessoas olhando pro céu, os mais religiosos achando que era castigo dos deuses, outros correndo pra casa, e talvez algum curioso tentando fotografar com uma tabuinha de argila (sem sucesso, claro).

Mas entre todos eles havia um sujeito que não arregou — Tales.

Ele observou o fenômeno e disse algo que mudou a história: “Isso dá pra prever.”

Pronto. Naquele instante, nascia a ciência.

Heródoto, o primeiro “repórter da história que não era da Globo” contou que a previsão do eclipse foi tão precisa que interrompeu uma guerra entre lídios e medas.

Registrou que a guerra já rolava por cinco anos, com muitas vitórias pra cada lado, mas uma batalha especial teve seu lugar, quando o dia se transformou em noite. Os dois exércitos viram o eclipse como sinal dos deuses ou talvez a ruína de seus impérios. Resultado da história do Prof. Tarcísio, cessaram o combate e fizeram um tratado rapidamente.  Tamanho era o medo que imitaram os gregos cortando os braços e um lamber o sangue do outro.

Os dois exércitos, em pânico, acharam que o Sol estava cansado de tanta briga e decidiram parar de lutar. Moral da história: um eclipse salvou vidas antes mesmo de haver tratados de paz — e tudo porque alguém resolveu pensar com lógica.

Pela primeira vez, o ser humano olhou para o céu e não viu mistério, mas ordem.

Tales e seus companheiros gregos inauguraram um novo jeito de ver o mundo — não perguntando apenas “quando” e “onde”, mas também “como” e “por quê”.

Eles entenderam que o universo não é um capricho dos deuses, mas uma sinfonia de causas e efeitos — e que a partitura pode ser lida, se tivermos paciência e razão.

Hoje, mais de 2.500 anos depois, ainda estamos tentando compreender as novas “eclipses” do nosso tempo: o aquecimento global, as mudanças climáticas, as fronteiras da inteligência artificial.

Mas o princípio continua o mesmo: observar, pensar, questionar e não desistir.

Se Tales estivesse vivo em 2025, talvez estivesse em Belém, na COP 30, tentando calcular o “eclipse ambiental” que estamos provocando.

Ou talvez em São Paulo, no autódromo, calculando a aerodinâmica de Verstappen em curva.

Mas eu gosto de imaginar ele aqui, em Manaus, tomando um café preto forte e dizendo; 

“ professor, o que move o mundo ainda é a curiosidade”

E eu:

“ É Tales, um bom recesso de fim de ano também ajuda” 😉

O Sol sempre volta — mesmo depois do eclipse.

# Reedição do texto de 01 de dezembro de 2010 #

Pós crédito… Fico muito feliz em ver A Caminho do Tudo renascendo com essa nova energia — e com o mesmo brilho de quem ainda se encanta com o Sol, mesmo depois de tantos eclipses.

No próximo mês seguimos juntos com o Episódio 2, atualizando Tales e sua filosofia para o nosso tempo.

Até lá 🌏 

TIRINHA DO DIA:


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Ps. Continuo aceitando boas ideias, textos curiosos e parcerias de quem ainda acredita que ensinar ciência é um ato de esperança.