Feynman aprendeu mecânica quântica com o livro de Dirac, descobriu que havia muitas incógnitas e que novas ideias eram necessárias. Dirac fez tudo o que estava ao seu alcance (o que era demais) para encontrar a versão quântica de Maxwell da eletrodinâmica clássica, mas ainda assim era uma teoria incompleta. É aqui que o Feynman entra. Profundamente influenciado pelo trabalho de Dirac "The Lagrangian in Quantum Mechanics", Feynman escreveu uma tese de doutorado completa que reformularia a mecânica quântica. Seu trabalho intitulado "Princípios de menor ação na mecânica quântica" consegue quantizar sistemas a partir da descrição clássica. Isto é, com elementos da mecânica clássica, amplitudes de probabilidade entre estados quânticos podem ser encontradas.
A ideia por trás disto é muito simples: considere dois pontos A e B no espaço, e um elétron movendo-se de A para B em um tempo inicial t1 e um tempo final tf. Quantos caminhos reais existem entre os pontos A e B? Na mecânica clássica há apenas um caminho (aquele que satisfaz a segunda lei de Newton). Mas o que acontece no mundo quântico? Feynman mostrou que qualquer caminho é provável e cada um contribui para a probabilidade de encontrar o elétron no ponto B no tempo tf começando do ponto A no tempo ti. Todos os caminhos contribuem em igual magnitude, mas a fase de sua contribuição é uma função clássica conhecida como ação. Desta forma, Feynman conseguiu encontrar amplitudes de probabilidade (mundo quântico) a partir da dinâmica clássica do sistema (ação).
Vale a pena mencionar que tanto as formulações de Schrödinger quanto Heisenberg são equivalentes ao trabalho de Feynman. Isto mudaria completamente a física e daria origem à teoria quântica de campos como a conhecemos hoje.
"A ciência nos une"
Dados retirados de: Física com FlAre
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