A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A caminho do tudo – Parte VI

Raspa do Tacho: O legado grego




Para fazer justiça ao que eles iniciaram...devemos encará-los pelo menos como protocientistas, que estavam no limiar daquela parte de filosofia antiga que era chamada de física.
A. A. LONG

Caros amigos, até que ponto existe uma conexão entre a ciência grega e a física moderna? De algum modo perdoavelmente claro, os gregos estavam errados. O átomo revelou ser divisível, e a química do Aristides já tem mais de cem elementos em vez dos quatro abraçados por Empédocles. A cosmologia de Arquimedes e Ptolomeu, iria enfrentar uma mudança profunda. Mas de muitos modos os gregos acertaram na mosca. O mundo físico é realmente explicável em termos de partes invisíveis das quais só existem umas poucas variedades. Vamos bater um papo e comparar o que Demócrito disse: “ não existe nada além de átomos e vazio”, já o pioneiro da teoria quântica Erwin Schorodinger, o cara do gato preto, afirma que “a matéria é formada por partículas, separadas por distâncias grandes; ela está envolvida pelo espaço vazio”. Me parece que o pensamento grego é altamente moderno, concordas?
Lembramos os gregos, não pelas conclusões, falhas muitas vezes, mas pelo raciocínio que usaram para chegar lá. Considerando o que conheciam do mundo, convenhamos, era válido. Pela primeira vez, pessoas começaram a estudar a matéria que constitui o mundo em que vivemos e as forças que governam o seu comportamento. E a partir da diversidade e desordem do que viram, elas tentaram compreender os princípios compreensíveis das leis naturais. Os gregos podem não tem sido tão sofisticados quanto os físicos de hoje, e seus métodos eram limitados, mas sua meta era a mesma.
Conclusão deste tacho: eles foram os primeiros a procurar a unificação da natureza sem apelar para Tupã ou Zeus, mas examinando o mundo e procurando ordem de dentro do caos aparente. Eles queriam encontrar uma explicação que fosse ao mesmo tempo simples e abrangente. Em resumo, se camisetas existissem na Grécia no lugar de túnicas, a de Tales iria dizer “Tudo é água”, e a de Demócrito “Está tudo nos átomos”. Que bacana em? No entanto jovens o progresso nem sempre foi rápido; a teoria atômica, por exemplo, demorou tempos pacas. A chama da curiosidade humana, da investigação científica, nem sempre iria ardem com vontade, porém uma vez acesa, jamais seria apagada. Beleza estudar os gregos. Senhores vou tentar mudar de fase neste jogo, os gregos foram tremendo e atingiram o máximo no quarto e quinto séculos a.C. mas depois tudo começou a desmoronar. Se preparem para a próxima fase e novas histórias na “REVOLUÇÃO COPERNICANA”, até breve.

Ps. Aguardo comentários e contribuições literárias.

Textos de apoio:

1. Antiga filosofia grega , de Jonathan Barnes
2. As origens da ciência ocidental, de David C. Lindberg

TIRINHA DO DIA



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