A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
A estrutura atômica
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
Las cuatro fuerzas fundamentales
1. Fuerza Gravitatoria
Descripción: Es la fuerza de atracción mutua entre dos masas. Es responsable de mantener los planetas en órbita, formar galaxias y estructuras cósmicas.
Alcance: Tiene un alcance infinito, pero es la más débil de las fuerzas.
Partícula mediadora: No se ha detectado directamente, pero se teoriza que el gravitón sería su partícula portadora.
Importancia: Actúa sobre objetos masivos y es crucial a escalas astronómicas.
2. Fuerza Electromagnética
Descripción: Responsable de las interacciones entre partículas cargadas eléctricamente, como electrones y protones.
Alcance: Infinito, pero disminuye con la distancia.
Partícula mediadora: El fotón.
Importancia: Rige los fenómenos eléctricos, magnéticos y la luz. Es fundamental en las reacciones químicas y en la estructura de los átomos.
3. Fuerza Nuclear Fuerte
Descripción: Mantiene unidos los protones y neutrones en el núcleo atómico, a pesar de la repulsión electromagnética entre los protones.
Alcance: Muy corto, del orden del tamaño de un núcleo atómico (~10⁻¹⁵ m).
Partícula mediadora: Los gluones.
Importancia: Es la fuerza más intensa, esencial para la estabilidad de los núcleos atómicos.
4. Fuerza Nuclear Débil
Descripción: Responsable de procesos de desintegración radiactiva, como el decaimiento beta, y de la generación de energía en las estrellas.
Alcance: Muy corto (~10⁻¹⁸ m).
Partículas mediadoras: Los bosones W⁺, W⁻ y Z⁰.
Importancia: Es clave para la formación de elementos en el universo y para las reacciones nucleares.
Estas fuerzas fundamentales explican gran parte de los fenómenos físicos conocidos y son estudiadas a través de teorías como el Modelo Estándar y la Teoría General de la Relatividad.
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Paul Dirac
O brilho de Dirac não estava apenas nas suas contribuições inovadoras para a física, mas na sua abordagem extraordinariamente peculiar da própria vida. Seu estilo de comunicação era tão preciso e desembelado quanto suas teorias. Niels Bohr, com dificuldades para completar um artigo científico, uma vez confessou: "Não sei como continuar. ” Dirac, sempre o purista na lógica, respondeu friamente: “Eu fui ensinado na escola que você nunca deve começar uma frase sem saber o fim. ”
E este comportamento forte e quase robótico não se limitava ao seu trabalho. Num jantar, um colega convidado comentou casualmente: "Bela noite, não é? ” Dirac, sem perder uma batida, levantou-se, caminhou até à janela para verificar o tempo, e voltou com a resposta sucinta incaracteristicamente: “Sim.”
Mas foi a sua estranheza social que o pintou como o esquisito quintessencial. Numa festa de Copenhaga, Dirac propôs uma teoria sobre a distância ideal do rosto de uma mulher na qual parece mais atraente - apoiada pelas suas próprias pesquisas, claro. A sua resposta à pergunta de um colega curioso sobre a sua experiência pessoal foi absurda e perfeitamente Dirac: "Sobre tão perto", disse ele, segurando as palmas das mãos a cerca de um metro de distância.
Depois houve o famoso incidente na Universidade de Toronto, quando, depois de dar uma palestra, um estudante lhe fez uma pergunta. A resposta de Dirac? "Isto não é uma questão, é uma observação. Próxima pergunta, por favor. ”
No entanto, apesar de todo o seu brilho, o desconforto de Dirac com a filosofia, literatura e até mesmo religião foi profundo. Ele rejeitou a poesia como "dizendo algo que todos já sabem em palavras que ninguém consegue entender" e ofereceu uma crítica mordaz à religião, alegando que os cientistas devem reconhecer o seu absurdo. Na visão de mundo de Dirac, Deus pode ter usado matemática extraordinária para criar o universo, mas foi Dirac que, humorisamente, ficou conhecido como "Seu profeta", de acordo com o seu contemporâneo Wolfgang Pauli.
Em todos os momentos, a vida de Dirac parecia desfocar a linha entre o gênio e a excentricidade, deixando aqueles que o encontraram a se perguntar: ele era um físico da mais alta ordem, ou simplesmente o homem mais estranho que alguma vez andou na terra?
quarta-feira, 27 de agosto de 2025
Arquimedes
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Existe vida em Marte?
Vários anos atrás, o rover Curiosity da NASA mediu traços de metano na atmosfera marciana em níveis várias vezes maiores que o fundo. Mas alguns meses depois, o metano desapareceu, apenas para reaparecer novamente no final do ano. Essa descoberta abriu a intrigante possibilidade de a vida ainda existir em Marte, pois isso poderia explicar a variabilidade sazonal na presença de metano.
Mas enquanto Marte já foi o lar de oceanos de água líquida e uma atmosfera abundante, agora é um deserto desolado. Que tipo de vida poderia chamar o planeta vermelho de lar? A maior parte da vida na Terra não sobreviveria por muito tempo nessas condições, mas há um subgrupo de vida terrestre que pode encontrar em Marte um bom lugar para se viver.
Estes são os metanógenos, um tipo de organismo unicelular que consome hidrogênio para obter energia e excreta metano como um produto residual. Os metanógenos podem ser encontrados em todos os tipos de lugares inóspitos na Terra, e algo parecido com eles pode ser responsável pelas variações sazonais nos níveis de metano em Marte.
Em um artigo recente submetido para publicação na revista AstroBiology, e disponível no servidor de pré-impressão arXiv, uma equipe de cientistas vasculhou a Terra em busca de possíveis análogos aos ambientes marcianos, procurando metanógenos prosperando em condições semelhantes às que podem ser encontradas em Marte.
Os pesquisadores encontraram três condições potenciais semelhantes a Marte na Terra, onde os metanógenos fazem um lar. O primeiro é profundo na crosta, às vezes a uma profundidade de vários quilômetros, onde pequenas rachaduras nas rochas permitem que a água líquida penetre. O segundo são os lagos enterrados sob a calota polar antártica, que mantêm seu estado líquido graças às imensas pressões do gelo acima deles. E o último são bacias supersalinas e privadas de oxigênio no oceano profundo.
Todos esses três ambientes têm análogos em Marte. Como a Terra, Marte provavelmente retém um pouco de água líquida enterrada em sua crosta. E suas calotas polares podem ter lagos de água líquida enterrados embaixo delas. Por fim, tem havido evidências tentadoras - e fortemente contestadas - de água salgada aparecendo nas paredes das crateras.
No novo artigo, os pesquisadores mapearam as faixas de temperatura, níveis de salinidade e valores de pH em locais espalhados pela Terra. Eles então mediram a abundância de hidrogênio molecular nesses locais e determinaram onde os metanógenos estavam prosperando mais.
Para a última etapa, os pesquisadores vasculharam os dados disponíveis sobre o próprio Marte, descobrindo onde as condições melhor correspondiam aos locais mais favoráveis da Terra. Eles descobriram que o local mais provável para uma possível vida era em Acidalia Planitia, uma vasta planície no hemisfério norte.
Ou melhor, por baixo dele. Vários quilômetros abaixo da planície, as temperaturas são quentes o suficiente para suportar água líquida. Essa água pode ter os níveis certos de pH e salinidade, juntamente com hidrogênio molecular dissolvido suficiente, para sustentar uma população de criaturas semelhantes a metanogênios.
Agora só temos que descobrir como chegar lá.
🔹 MAIS INFORMAÇÕES: Andrea Butturini et al, Habitabilidade potencial do subsolo atual de Marte para metanógenos semelhantes aos terrestres, arXiv (2024). DOI: 10.48550/arxiv.2411.15064
🌏 Créditos/fonte/Publicação: por Paul M. Sutter, Universo Hoje . phys.org
----------------------------------------------------------------------
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
O falcão peregrino e a aviação
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
A descoberta do Pósitron
No verão de 1932, Carl David Anderson, um jovem físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), estava analisando os raios cósmicos usando uma câmara de nuvens - um dispositivo que torna visíveis os caminhos das partículas carregadas à medida que passam por vapor supersaturado.
Em 2 de agosto, ele avistou algo incomum: uma partícula curva como um elétron, o que significa que tinha uma massa semelhante, mas estava dobrando na direção oposta em um campo magnético. Isso implícito que tinha uma carga positiva.
Este vestígio misterioso não poderia ser explicado por nenhuma partícula conhecida na época. Parecia a imagem de espelho de um elétron - a mesma massa, o mesmo giro, mas uma carga positiva. Anderson encontrou o pósitron (ou elétron positivo), a primeira evidência de antimatéria.
🔍 Fundo
A ideia de antimatéria tinha sido proposta teoricamente em 1928 por Paul Dirac, que desenvolveu uma teoria quântica relativística do elétron. Suas equações permitiram soluções com estados de energia negativa, que ele ousadamente interpretou como antipartículas - partículas com a mesma massa dos elétrons, mas carga oposta.
No entanto, isto era controverso e não tinha provas experimentais - até a descoberta de Anderson.
💡 Por que isso importava
- Primeira descoberta de antimatéria: O pósitron foi a primeira antipartícula alguma vez detectada, confirmando uma previsão ousada da teoria quântica.
- Prêmio Nobel: Anderson recebeu o Prêmio Nobel de Física de 1936 por esta descoberta - ele tinha apenas 31 anos.
- Abriu a porta para a física de partículas: A descoberta do pósitron marcou o início da física de partículas como uma ciência experimental. Provou que todas as partículas podem ter uma antipartícula, levando a uma compreensão mais profunda da simetria da natureza.
- Impactos hoje: Positrons são agora utilizados em tomografia de PET (Tomografia de Emissão de Positron) na medicina, e são produzidos rotineiramente em aceleradores de partículas.
🌌 Uma Coincidência Cósmica
O que é particularmente poético é que o pósitron não veio de uma experiência de laboratório, mas de raios cósmicos - alta - partículas de energia do espaço sideral batendo na atmosfera da Terra. De certa forma, o próprio universo ajudou a confirmar a teoria de Dirac.
crédito da imagem: História do Dia (gerado por computador)
#physics #positron #Antiparticle #cosmicrays
https://en.wikipedia.org/wiki/Carl_David_Anderson
https://timeline.web.cern.ch/carl-anderson-discovers-positron
sábado, 2 de agosto de 2025
A quebra da Simetria
Uma descoberta revolucionária no CERN pode finalmente explicar porque é que o Universo como o conhecemos existe.
Os físicos observaram um fenómeno que pode iluminar um dos maiores mistérios do Universo.
Especificamente, pode finalmente revelar porque é que a matéria existe.
Utilizando dados do Grande Colisor de Hádrons (LHC), os investigadores detetaram a violação de CP — um desequilíbrio no comportamento da matéria e da antimatéria — dentro dos bariões, as partículas que constituem a maior parte do Universo visível. Até agora, a violação de CP tinha sido observada apenas em mesões, deixando uma lacuna na nossa compreensão de como o Universo primitivo passou a favorecer a matéria em detrimento da antimatéria após o Big Bang.
Essa assimetria recentemente observada, vista na decadência dos bárions Λb em comparação com suas contrapartes de antimatéria, marca o primeiro caso confirmado de violação de CP em bárions.
Com uma significância estatística de 5,2 sigma, ou apenas uma chance em 10 milhões de o resultado ser aleatório, a descoberta inova na física de partículas. Embora não resolva completamente o mistério da relação matéria-antimatéria, fornece uma peça crucial do quebra-cabeça — e pode ser a chave para desvendar a física além do Modelo Padrão.
Fonte:
Colaboração LHCb, "Observação da quebra de simetria de paridade de carga em decaimentos de barions.", Nature (2025)
quarta-feira, 30 de julho de 2025
A física e a música
1. A Primazia da Vibração e Harmonia:
A música é fundamentalmente vibração organizada em padrões de harmonia. Nesta perspectiva, a matéria física também é o resultado de padrões vibratórios, embora numa escala mais densa e mais lenta. Os átomos e moléculas que compõem objetos físicos podem ser vistos como "ondas permanentes" de energia, estabilizadas em formas que percebemos como sólidas. A matéria, então, é uma manifestação de baixa frequência dos mesmos princípios cósmicos que dão origem ao som.
2. A ponte entre o intangível e o tangível:
A música é intangível - ela existe no tempo, não no espaço. A matéria, inversamente, existe no espaço e parece permanente. No entanto ambos emergem do mesmo substrato metafísico: a interação dinâmica entre energia e estrutura. Esta visão implica que o universo material não é separado do espiritual ou do abstrato, mas é uma expressão concretizada destes princípios superiores.
3. O Universo como uma Sinfonia:
Para Pitágoras, o cosmos era uma grande orquestra, com corpos celestes movendo-se de acordo com as leis matemáticas, produzindo a "música das esferas. ” Se a matéria é a música solidificada, então cada objeto, desde a mais pequena partícula à vastidão das estrelas, participa desta sinfonia cósmica. A própria existência é uma composição divina, e a nossa percepção da matéria física é apenas uma oitava de uma escala multidimensional.
4. Uma ressonância moderna:
Esta ideia ecoa através da física moderna, onde a matéria é entendida não como substância inerte, mas como energia ligada a configurações específicas. A mecânica quântica revela que as partículas são formas de onda, oscilando em campos de probabilidade. A natureza vibracional da realidade, sugerida por Pitágoras, ressoa com a compreensão vanguarda da matéria como energia em movimento rítmico.
Em suma, a afirmação "A matéria física é a música solidificada" convida-nos a ver o mundo material não como uma construção estática e morta, mas como uma expressão viva e ressonante da harmonia universal. Sugere que compreender a matéria é compreender a música, e compreender a música é vislumbrar a arquitetura divina do cosmos.
quarta-feira, 23 de julho de 2025
A quebra de simetria CTP
Durante décadas, os cientistas intrigaram-se com um mistério cósmico: por que há mais matéria do que antimatéria no Universo? De acordo com a física, o Big Bang deveria ter criado quantidades iguais de ambos - mas algo alertou o equilíbrio. Um suspeito chave neste mistério é uma diferença subtil na forma como a matéria e a antimatéria se comportam, conhecida como violação do CP.
CP significa conjugação de carga (C) e paridade (P)—dois tipos de simetria. Em termos simples, C vira uma partícula em sua antipartícula, enquanto P é como segurar o universo até um espelho e virar da esquerda para a direita. Se as leis da física fossem perfeitamente simétricas, matéria e antimatéria deveriam se comportar da mesma forma sob transformações CP. Mas eles não.
Os cientistas viram essa assimetria em mésons (partículas feitas de um quark e um antiquark), mas até agora nunca tinham apanhado isso acontecendo em bárions - partículas como prótons e nêutrons que compõem a matéria ao nosso redor.
Agora, usando dados do experimento LHCb no CERN, os pesquisadores fizeram um avanço: eles observaram a violação do CP na decadência de um barion de beleza (um primo pesado do próton contendo um quark bottom ou "beauty"). Estudando como ele se decai em partículas mais leves - e comparando-as com como sua contraparte de antimatéria decai - eles encontraram uma diferença clara.
Esta é a primeira observação confirmada de violação do CP em bárions. É uma grande coisa. Não só confirma uma grande previsão do Modelo Padrão da física de partículas, mas também abre a porta para novas físicas - forças ou partículas além do que sabemos atualmente - que podem ajudar a explicar porque é que o nosso universo não se aniquilou em luz pura.
A descoberta adiciona um novo capítulo à história do porquê do universo existir - e sugere que as próximas pistas podem estar escondidas no comportamento das partículas que nos compõem.
Crédito de imagem: Colaboração LHCb
#physics #particlephysics #cpviolation #CERN #LHCb #beautyquark
quarta-feira, 16 de julho de 2025
O Sol ☀️ como Bússola
O que fazer:
Corte um pau com cerca de 3 pés de comprimento e afie uma ponta dele. Conduz o bastão para o chão num lugar plano e ensolarado.
Localize a ponta da sombra e marque-a com um pau ou uma pedra pequena.
Repita o passo 2 a cada 15 minutos, mais três vezes. Agora você deve ter quatro pontos marcados no chão. Faça uma linha através dos quatro pontos. Esta é a sua linha leste-oeste.
Coloque outra vara reta num ângulo reto na sua linha leste-oeste, apontando para longe da vara de fazer sombras. Esta linha aponta para o norte (se estiver no hemisfério norte).
O sol move-se de leste para oeste, mas as sombras são como reflexos no espelho. Cada novo marcador sombra, portanto, estará a leste do marcador anterior. Dependendo do contraste da sombra, da hora do dia, da textura do chão ou da forma do seu bastão, decidir exatamente onde a sombra pára pode ser complicado. Você pode deitar algo no chão para ajudá-lo a ver melhor a sombra: uma camisa de cor clara, um pedaço de casca de bétula ou papel, até mesmo a sua mão.
quarta-feira, 9 de julho de 2025
O Sol, Júpiter e a Terra 🌎 em escala
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Caçando Exoplanetas
Até o momento, já foram catalogados 7.510* exoplanetas — ou seja, planetas localizados além do nosso Sistema Solar. No entanto, apenas uma pequena fração foi observada por imagem direta. A maioria foi descoberta por meio de três métodos indiretos principais:
⭐ FOTOMETRIA DE TRÂNSITO
Quando um planeta passa em frente à sua estrela (do ponto de vista da Terra), o brilho da estrela diminui ligeiramente por um curto período. Esse pequeno escurecimento periódico indica que um planeta está "transitando" em frente à estrela, bloqueando parte de sua luz.
🚀 VELOCIDADE RADIAL
Sabemos que o universo está em expansão, o que significa que a maioria das galáxias e estrelas está se afastando de nós. Esse movimento pode ser detectado por um fenômeno chamado efeito Doppler, no qual há uma mudança aparente na frequência da luz emitida por objetos em movimento:
Se a estrela se aproxima, sua luz sofre um deslocamento para o azul (a frequência aumenta);
Se a estrela se afasta, ocorre um deslocamento para o vermelho (a frequência diminui).
Quando uma estrela tem um planeta orbitando ao seu redor, esse planeta exerce uma força gravitacional sobre ela, fazendo com que a estrela realize um leve movimento de vai-e-vem em sua trajetória. Esse movimento provoca alternâncias no deslocamento da luz — ora para o azul, ora para o vermelho — que não se explicam apenas pela expansão do universo, mas indicam uma oscilação periódica causada pela presença de um planeta.
Essa técnica, conhecida como método da velocidade radial, foi responsável por algumas das primeiras descobertas de exoplanetas.
🔭 MICROLENTE GRAVITACIONAL
Prevista pela Teoria Geral da Relatividade de Einstein, a microlente ocorre quando a gravidade de uma estrela curva a luz de uma estrela mais distante que está atrás dela, funcionando como uma lente natural. Se a estrela "lente" tiver um planeta, esse planeta também afeta a curvatura da luz, criando um segundo aumento temporário no brilho, sinalizando sua presença.
Já sabemos que muitos exoplanetas orbitam outras estrelas, mas ainda estamos longe de saber se algum deles abriga formas de vida. Por enquanto, continuamos sendo o único sinal de vida conhecido no vasto universo.
______________________________________________
*Número atualizado de exoplanetas: 7.510 planetas confirmados até 1º de julho de 2025 – exoplanet.eu
REFERÊNCIAS
Artigo Nature (2022)
Planetary Society – Microlensing Method
Exoplanet Detection Techniques – NASA
quarta-feira, 25 de junho de 2025
Solstício de Inverno
O que significa?
Solstício de Inverno é um fenômeno da astronomia que marca o início do Inverno. Tendo como referência o Hemisfério Sul, o solstício de inverno é o instante em que o Hemisfério Norte está inclinado cerca de 23,5º na direção do Sol.
O termo solstício tem a sua origem no latim solstitius que significa "ponto onde a trajetória do sol aparenta não se deslocar". Consiste em sol + sistere que significa "parado".
No solstício de inverno acontece o dia mais curto do ano e consequentemente a noite mais longa do ano, em termos de iluminação por parte do Sol.
O solstício acontece graças aos fenômenos de rotação e translação do planeta Terra, pois graças a estes acontecimentos a luz solar é distribuída de forma desigual entre os dois hemisférios do planeta Terra.
Solstício de Inverno no Hemisfério Sul:
Quando os países do Hemisfério Sul, como é o caso do Brasil, estão passando pelo Solstício de Inverno, os países do Hemisfério Norte estão passando pelo fenômeno contrário: o Solstício de Verão.
Assim, são fenômenos que acontecem em momentos opostos, dependendo do hemisfério em que um determinado país se encontra. Por esse motivo, quando é Inverno no Brasil (Hemisfério Sul), é Verão em Portugal (Hemisfério Norte) e vice-versa
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Os estados da matéria
No entanto, também há muitos estados da matéria menos familiares, com nomes como "condensado de Bose-Einstein" e "cristais do tempo". Então, quantos estados da matéria existem realmente?
A resposta é que existem quatro estados fundamentais da matéria: sólido, líquido, gás e plasma. Estes são os que acontecem naturalmente no Universo. Além destes, há estados exóticos da matéria. Estes são estados da matéria que você certamente não encontrará no seu dia a dia, mas que são permitidos pelas leis da física.
O mesmo material pode existir em muitas maneiras diferentes, dependendo de fatores como temperatura e pressão. Qualquer uma destas formas é chamada de "estado da matéria".
O estado da matéria dita como se organizam as moléculas que a compõem, quanto se movem e a força das forças entre elas, chamadas forças intermoleculares.
Então, dependendo dos tipos de propriedades usadas para definir estados, podem haver dezenas de exemplos diferentes encontrados em ambientes mundanos e extremos em todo o Universo.
Propriedades como condutividade e até características de natureza quântica chegaram a definir novos tipos de estados, incluindo o plasma e os condensados de Bose-Einstein.
https://www.livescience.com/46506-states-of-matter.html
quarta-feira, 11 de junho de 2025
O parafuso de Arquimedes
quarta-feira, 4 de junho de 2025
A tensão superficial da água
Na molécula da água o átomo de oxigênio consegue atrair elétrons com mais intensidade do que os de hidrogênio. Isso confere uma polaridade à molécula, ou seja, há um pólo positivo (H+) e um negativo (O-). Assim, há uma atração entre os hidrogênios de uma molécula de água (pólo positivo H+) e o oxigênio das moléculas vizinhas (pólo negativo O-), formando as chamadas pontes de hidrogênio.
Em função desta atração, as moléculas no meio de uma gota de água são puxadas uniformemente em todas as direções por todas as moléculas próximas. Por outro lado, na superfície da gota, devido a presença do ar acima, as moléculas são puxadas principalmente para dentro e para os lados, causando uma "tensão superficial". A superfície da gota de água é mantida unida pela atração entre as moléculas fazendo que resista a ser esticada ou quebrada.
Essa tensão superficial, permite até mesmo que pequenos objetos mais densos que a água possam “flutuar” em sua superfície, a qual se comporta como uma membrana elástica. Na realidade, o peso do objeto é equilibrado pela força de tensão superficial da água.
É também devido à tensão superficial que alguns insetos conseguem andar sobre a água.
REFERÊNCIAS
https://www.usgs.gov/special-topics/water-science-school/science/surface-tension-and-water#overview
https://www.scientificamerican.com/article/measure-surface-tension-with-a-penny/
quarta-feira, 28 de maio de 2025
O Teflon e as nanopartículas
Panelas de Teflon são frequentemente usadas em nossas cozinhas. O Teflon é um plástico sintético (polímero) - composto por átomos de carbono e flúor - que reveste essas panelas e confere a propriedade antiaderente.
Embora o Teflon (ou politetrafluoroetileno) ofereça benefícios e conveniência, a segurança desse tipo de revestimento plástico tem sido alvo de investigações, devido a suspeitas de riscos à saúde. Há sugestões e evidências da associação de certos tipos de câncer à ingestão dessa substância, embora a quantidade ingerida deva ser considerada - ver referências.
Panelas perdem gradualmente o revestimento de Teflon à medida que são usadas. Um estudo utilizando sofisticada técnica e métodos avaliou a quantidade desse revestimento que pode ser desprendido durante os cozimentos nessas panelas.
A técnica "Imagem Raman" permitiu estudar os microplásticos (<5 mm) e nanoplásticos (<1 μm) no revestimento de Teflon em nível molecular por meio de espalhamento de fótons. Os pesquisadores também aplicaram algoritmos personalizados para calcular a quantidade do revestimento desprendido.
Foi constatado que o abrasão e riscos de um espátula sobre o revestimento de Teflon de uma panela podem liberar até 2,3 milhões de pequenas partículas no alimento.
Para aumentar a preocupação, o Teflon (politetrafluoroetileno) faz parte da família das substâncias perfluoroalquiladas (PFAS, na sigla em inglês) chamadas "produtos químicos eternos" que não degradam no ambiente.
Se você não quer arriscar, prefira as panelas de ferro. Se prefere arriscar, evite riscar a sua panela de Teflon.
Referências
Estudo sobre liberação de microplásticos
Luo, Y., Gibson, C. T., Chuah, C., Tang, Y., Naidu, R., & Fang, C. (2022). Raman imaging for the identification of Teflon microplastics and nanoplastics released from non-stick cookware. Science of The Total Environment, 851, 158293.
Estudos PFAS X Câncer
Steenland, K., & Winquist, A. (2021). PFAS and cancer, a scoping review of the epidemiologic evidence. Environmental research, 194, 110690.
Van Gerwen, M., Colicino, E., Guan, H., Dolios, G., Nadkarni, G. N., Vermeulen, R. C., ... & Petrick, L. M. (2023). Per-and polyfluoroalkyl substances (PFAS) exposure and thyroid cancer risk. EBioMedicine, 97.
Winquist, A., Hodge, J. M., Diver, W. R., Rodriguez, J. L., Troeschel, A. N., Daniel, J., & Teras, L. R. (2023). Case–cohort study of the association between PFAS and selected cancers among participants in the American Cancer Society’s Cancer Prevention Study II LifeLink Cohort. Environmental Health Perspectives, 131(12), 127007.
quarta-feira, 21 de maio de 2025
A dupla fenda de Young
quarta-feira, 14 de maio de 2025
Isaac Newton
quarta-feira, 7 de maio de 2025
O átomo de Dalton
No entanto, a ideia do átomo a partir de bases experimentais só se deu no início do século XIX com os estudos de John Dalton. O cientista realizou vários experimentos de reações químicas. Nessas reações a massa fixa de determinado elemento se combinava com diferentes massas de um segundo elemento formando diferentes compostos. Ele observou que as diferentes massas desse segundo elemento seguiam sempre a proporção de um número inteiro. Essa é a lei de múltiplas proporções, formulada em 1803.
Podemos constatar a lei de múltiplas proporções, por exemplo, na reação entre os elementos carbono e oxigênio. Se tivermos a massa fixa de 12,0 g carbono (C) podemos formar, usando 16,0 g de oxigênio (O), o monóxido de carbono (CO). Essa massa fixa de carbono (C) (=12,0 g) poderá, ao reagir com 32,0 g de oxigênio (O), formar um composto diferente, o dióxido de carbono (CO2). Ou seja, para 12,0 g de carbono é necessário exatamente o dobro (número inteiro) de oxigênio para formar outro composto.
Os experimentos de Dalton o levaram a concluir que (1) - toda a matéria é composta unidades indivisíveis, os átomos; (2) - que os átomos de um determinado elemento são idênticos em massa e propriedades; (3) - que os compostos são combinações de dois ou mais tipos diferentes de átomos e (4) - que uma reação química é um rearranjo de átomos.
John Dalton foi o primeiro cientista a relatar a dificuldade de algumas pessoas em enxergar algumas cores. E ele percebeu isso nele mesmo, pois confundia o vermelho com o verde e o rosa com o azul. O termo daltonismo empregado para as pessoas que não distinguem certas cores foi uma homenagem ao cientista.
Dalton tinha limitação para distinguir cores, mas a sua mente foi responsável por um grande passo na ciência. Passo fundamental que permitiu que outros cientistas descrevessem de modo mais preciso a unidade que forma toda a matéria do universo.
segunda-feira, 5 de maio de 2025
Os modelos atômicos
1. Modelo de John Dalton (1803) – Modelo de Esfera Sólida
Visão geral:
Dalton propôs que toda matéria é composta de partículas indivisíveis chamadas átomos.
Ele imaginou átomos como esferas pequenas e sólidas - como bolas de bilhar.
Ideias principais:
Átomos do mesmo elemento são idênticos em massa e propriedades.
Átomos não podem ser criados, divididos ou destruídos.
Compostos formam-se quando átomos de diferentes elementos combinam-se em proporções fixas.
Importância:
Primeiro modelo científico do átomo baseado em evidências experimentais (como as leis do gás).
Lançou as bases para a química moderna.
---
2. Modelo de J.J. Thomson (1904) – Modelo de pudim de ameixa
Visão geral:
Depois de descobrir o elétron, Thomson propôs que os átomos são feitos de uma substância carregada positivamente com elétrons carregados negativamente espalhados dentro dele - como passas em pudim.
Ideias principais:
Os átomos são divisíveis.
Elétrons são partículas subatômicas carregadas negativamente.
O resto do átomo é uma bolha de carga positiva para equilibrar os elétrons.
Importância:
Primeiro modelo a mostrar que os átomos têm estrutura interna.
Introduzi a ideia de partículas subatômicas.
---
3. Modelo de Ernest Rutherford (1911) – Modelo Nuclear
Visão geral:
Conduzi a experiência de folha de ouro onde partículas alfa foram disparadas contra uma fina folha de ouro.
A maioria passou, mas alguns foram desviados em grandes ângulos.
Ideias principais:
Os átomos são principalmente espaço vazio.
Um núcleo pequeno, denso e positivamente carregado está no centro.
Elétrons orbitam ao redor deste núcleo.
Importância:
Reprovei o modelo de pudim de ameixa.
Introduzi o conceito de núcleo.
---
4. Modelo de Niels Bohr (1913) – Modelo Planetário
Visão geral:
Bohr expandiu o modelo de Rutherford usando descobertas da teoria quântica.
Ideias principais:
Elétrons orbitam o núcleo em caminhos fixos ou "níveis de energia. ”
Cada nível tem uma quantidade específica de energia.
Os elétrons podem saltar para níveis mais altos quando a energia é absorvida e cair de volta quando a energia é liberada (como luz).
Importância:
Explicado porque é que os átomos emitem luz em cores específicas (espectros atômicos).
Adicionei o conceito de níveis de energia quantizados.
---
5. Modelo de Erwin Schrödinger (1926) – Modelo Mecânico Quântico (Modelo Nuvem Electron)
Visão geral:
Schrödinger usou matemática complexa para descrever o comportamento dos elétrons como ondas, não partículas em órbitas.
Ideias principais:
Elétrons existem em regiões chamadas orbitais (não caminhos fixos).
Orbitais mostram onde um elétron é mais provável que seja encontrado.
A localização exata e velocidade de um elétron não podem ser conhecidas ao mesmo tempo (Princípio da Incerteza de Heisenberg).
Importância:
Modelo mais preciso e amplamente aceito hoje.
Forma a base da química quântica e da física moderna.
quarta-feira, 30 de abril de 2025
A dilatação do tempo
RELÓGIO DE ALTÍSSIMA PRECISÃO – Em tal experimento foi utilizado um relógio atômico, baseado em um único átomo de alumínio que não atrasa ou adianta um segundo ao longo de 3,7 bilhões de anos.
AJUSTE DO SEU CELULAR – Você e o seu corpo podem não perceber esses pequenos efeitos de distorção temporal, mas o seu celular pode. O sinal de GPS captado pelo seu celular é vital para uma série de funções. Os satélites GPS orbitam em alta velocidade e estão submetidos a menor força gravitacional, devido a grande distância da Terra. Assim, ocorrem pequenas distorções de tempo, que são corrigidas com o uso de relógios atômicos simultâneos no interior do satélite e na Terra.
Sem as correções dessa distorção temporal, as incertezas nas posições fornecidas pelos celulares teriam imprecisões de até 10 quilômetros por dia.
REFERÊNCIAS
Chou CW, Hume DB, Rosenband T, Wineland DJ. 2010. Optical Clocks and Relativity. Science 329: 1630-1633. https://www.science.org/doi/abs/10.1126/science.1192720?fbclid=IwAR02xBHuAQyDbiYRE12lQwMvqXJvB28WPurveZ6_TF3OtbtA0nU4KDfTrpQ
https://tsapps.nist.gov/publication/get_pdf.cfm?pub_id=905055&fbclid=IwAR3cb6OdwySjyTeg3xLAYe_YzqkPOrF6gUPfLguRjzOh7PJ0oSTTB1N5_aE
https://newatlas.com/worlds-most-precise-clock/14088/
https://www.astronomy.ohio-state.edu/pogge.1/Ast162/Unit5/gps.html?fbclid=IwAR0YUGH39CB0izh04ftVbflLPIFNed94Q8QIaOCSAPOf_tuHzZUO05fLp3I