A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

quarta-feira, 5 de julho de 2023

A Teoria das Cordas e as 11 dimensões

Até pouco mais de 20 anos atrás, os cientistas entendiam as partículas como pontos - pequenos pontos. Mas o que a "teoria de cordas" propõe é que as partículas não são pontos, mas sim, minúsculas cordas vibrantes - cordas tão pequenas que se um átomo fosse aumentado ao tamanho do sistema solar, essa corda seria do tamanho de uma árvore média.

A vibração dessa corda é que definiria partícula. Se vibra de determinada maneira um tipo de partícula, se vibra de outra maneira outro tipo.

Mas afinal o que é teoria das cordas e o que ela está tentando nos dizer?

A relatividade geral descreve com precisão o Universo em grande escala, mas ela tem pouco a dizer sobre o mundo subatômico, no qual muitos cientistas crêem que a gravidade tenha sua origem. 

Este mundo subatômico foi modelado por outra grande teoria física, a mecânica quântica, que, por sua vez, tem pouco a dizer sobre a gravidade.

Um objetivo central da física moderna é encontrar uma teoria unificadora (uma “teoria quântica da gravidade” ou “teoria de tudo”) que unifique a relatividade e mecânica quântica, e harmonize a gravidade com as outras forças fundamentais da natureza. "Os cientistas vêm tentando fazer isso desesperadamente  a muito tempo, e no entanto, sem conseguir-lo, a gravitação escapa de nós, ela é de alguma forma que não compreendemos, bem diferente das outras forças" - disse Eduardo Hardy, PHD em astronomia e astrofísica.

Neste longo caminho várias teorias foram sendo proposta como a teoria M, a Gravidade quântica de laço, mas a teoria mais promissora até agora é a teoria das cordas, que propõe que cada partícula fundamental consiste de um diminuto filamento vibrátil - a corda. Os modos vibracionais, ou frequências, dessas cordas conferem às partículas sua variedade de propriedades. 

Embora possa soar bizarro, físicos de ponta são defensores entusiasmados dessa teoria. Segundo os cientistas, isso poderia ser a chave para descrever e resolver a distância entre o universo uniforme previsível da relatividade e o espaço instável e caótico do mundo subatômico.

No entanto, existe um aspecto intrigante na teoria das cordas: ela não funciona em um mundo com 3 dimensões. Até agora conhecemos apenas 4 dimensões, 3 espaciais (altura, largura e profundidade) e 1 temporal. Para que a teoria das cordas possa funcionar, seus cálculos demandam dimensões extras, ou seja, mais 7 dimensões totalmente desconhecidas mas matematicamente prováveis.

Embora para alguns isso possa parecer inviável, muitos cientistas acreditam ser possível e se tratar de um campo de estudo promissor. 

O astrónomo e astrofísico Eduardo Hardy citado antes diz: [...] "Temos de perceber que somos seres muito pequenos em comparação com o universo, mas muito grande em comparação com os átomos. É possível que existam outras dimensões mas em escalas muito pequenas que não as veríamos, isso não significa que nós não podemos descobri-las. Já temos vindo a descobrir coisas muito pequenas (...) e temos conseguido entender isso mesmo que são muito pequenas em comparação à nós".

Ele complementa: "É uma teoria muito complexa matematicamente, que tem pouca base em observações. É um terrenos muito especulativo por agora na qual algumas das melhores mentes que temos na física estão grandemente interessados, no entanto, a ciência está atacando o problema, (...) a pergunta é: como estudar se não conseguimos ver? Essa é uma pergunta muito complicada e que muitas vezes contém implicações filosóficas. Portanto para explicar o que vemos as vezes é necessário incorporar coisas que não vemos".



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