A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

sexta-feira, 16 de março de 2012

A beleza e os Perigos do Sol

::: AURORA AUSTRAL FOTOGRAFADA DO ESPAÇO :::

NASA/Andre Kuipers
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Aurora Austral entre a Austrália e a Antartida fotografada da ISS


O Sol, em 2012, está passando por um período de máxima atividade. Isso acontece a cada onze anos.

Por conta disso, quase todo dia temos tido registros de explosões solares que lançam para o espaço inúmeras partículas carregadas e também radiação de amplo espectro que vai desde as ondas de rádio até os raios gama, passando pelos raios X. Estas partículas com carga elétrica, quando atingem o nosso planeta, são desviadas pelo campo magnético terrestre que literalmente funciona como um escuto protetor. Em baixas latitudes as partículas não conseguem penetrar na atmosfera. Mas em regiões mais próximas dos pólos magnéticos da Terra (próximos aos pólos geográficos do planeta) as linhas do campo estão entrando ou saindo, o que gera uma "vulnerabilidade" magnética que facilita a entrada destas partículas que acabam chocando-se com partículas da alta atmosfera provocando ionização com emissão de luz, o que provoca o brilho característico das Auroras (boreais no hemisfério norte e austrais no hemisfério sul).

No último dia 10, quando a ISS passava sobre a região circumpolar sul, o astronauta Andre Kuipers fotografou uma incrível aurora austral. A foto acima mostra o belíssimo registro feito por um observador privilegiado, ou seja, em pleno espaço.


::: AS MANCHAS SOLARES E AS BELÍSSIMAS AURORAS :::

SDO/NASA

Curiosa macha solar AR 1413 em forma de anel fotografada hoje


O Sol anda bastante ativo. Prova disso são as inúmeras manchas solares que têm sido registradas pelos astrônomos, ccomo a AR 1413 na foto acima, capturada hoje mas que já vem sendo monitorada há alguns dias.
Manchas solares são regiões na superfície do Sol com temperatura menor do que a média local e com grande concentração de campo magnético.
Este campo magnético concentrado aprisiona matéria na forma de plasma, ou seja, gás muito quente e ionizado (eletricamente carregado). Se as linhas de campo magnético se rompem, matéria é liberada e pode ser ejetada para o espaço em eventos que chamamos de ejeção de massa coronal. Neste caso, inúmeras partículas são lançadas no espaço em conjunto com radiação de amplo espectro que vai desde as ondas de rádio até os raios gama, passando pelos raios X.
Se estas partículas e a radiação atingirem a Terra, podemos ter:
  1. Interferências que provocam ruídos nas transmissões via ondas eletromagnéticas, captadas por antenas de radioamador e radiotelescópios.
  2. formação das auroras boreais (ao norte) e austrais (ao sul), nas regiões próximas aos pólos, ou seja, em altas latitudes. Isso ocorre porque o campo magnético da Terra, que funciona como um escudo protetor que empurra estas partículas para longe do planeta, é vulnerável nos pólos, onde as linhas de força estão entrando ou saindo. Estas partículas, quando interagem com a atmofesfera, ionizam o ar que emite a luz característica das auroras.
Em casos extremos, se a ejeção de massa coronal for muito intensa, podemos ter na Terra o que chamamos de tempestade geomagnética, um "sopro" de partículas e radiação que deforma o campo mangético terrestre. Foi o que aconteceu na semana passada, dando origem a belíssimas auroras boreais registradas no planeta cerca de dois dias depois da ejeção coronal. A imagem abaixo mostra uma aurora fotografada na Suécia por Chad Blakley há exatamente uma semana, em 24 de janeiro.

lightsoverlapland.com
 

Aurora boreal na Suécia, em 24 de janeiro de 2012

Os cientistas continuam de olhos grudados no Sol. E acompanhando as manchas solares, sempre esperando novas erupções e ejeções de massa coronal. Quando isso ocorre, alertas são emitidos das centrais de observação solar e aqui na Terra ficamos esperando os efeitos que vão dos mais nocivos até as inofencivas e belíssimas auroras. Felizmente, pelo menos até hoje, não temos relatos de tempestades geomagnéticas que tenham provocado danos severos em escala planetária. Mas, embora a probabilidade disso acontecer seja pequena, não é nula.

Para ver (direto do site spaceweather.com)
  • Clique aqui e veja filme (gif animado) da evolução da mancha AR 1413
  • Clique aqui e veja imagem do disco solar e suas manchas (hoje) em alta resolução 
  • Clique aqui para abrir galeria de Auroras Boreais


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