A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

domingo, 11 de março de 2012

A Semana na Ciência

Um iPad para entrar no jogo

Nova geração do tablet ganha tela com altíssima resolução e 

processador potente para entrar de vez na briga com os consoles 

de videogame

Hélio Gomes
img.jpg
INOVAÇÃO 
Tim Cook exibe a tela de altíssima resolução do novo iPad
O reinado de “Angry Birds” está ameaçado. Criado especialmente para o iPhone e o iPad, o jogo caiu nas graças de milhões de consumidores pelo mundo e virou fenômeno ao unir a experiência tátil das telas sensíveis ao toque e um universo lúdico, habitado por pássaros-bomba e porcos do mal. A chegada da terceira geração da máquina da Apple, no entanto, deve trazer a reboque uma nova leva de games especialmente criados para os computadores de mão. E, agora, a brincadeira vai virar coisa de gente grande.

“Na verdade, o novo iPad tem mais memória e qualidade de imagem que o Xbox 360 ou o Playstation 3”, disse Mike Capps, CEO da desenvolvedora de jogos Epic Games, durante o evento da Apple realizado na quarta-feira 7. Coube a ele subir ao palco e demonstrar as novas potencialidades da máquina, que deve bater de frente com consoles consagrados na disputa por um mercado gigantesco. “Os caras da Apple estão redefinindo os games mais uma vez”, reforçou o executivo.

O segredo da mais nova revolução capitaneada pela empresa criada por Steve Jobs é a soma de duas inovações que prometem seduzir até o mais viciado dos jogadores. A mais visível delas está na tela da máquina. Usando a mesma tecnologia já incorporada no iPhone 4, batizada de Retina Display, ela agora tem a absurda resolução de 2.048 por 1.536 pixels, muito superior à da grande maioria de tevês e monitores disponíveis nas lojas. Tim Cook, sucessor de Jobs no cargo de CEO da empresa, não economizou elogios durante a apresentação. “Pela primeira vez, a máquina que estou segurando tem mais qualidade de imagem que o telão atrás de mim”, afirmou durante o evento em que dividiu o palco com outros profissionais da empresa e imprimiu um estilo bem diferente do consagrado por Jobs.

A segunda novidade está no principal músculo que move o aparelho. O novo processador A5X – com quatro núcleos e duas vezes mais rápido que os tablets da concorrência – é capaz de rodar programas pesadíssimos sem comprometer seu desempenho. Abre-se, portanto, a oportunidade para que criadores de games que já fazem sucesso nos consoles de marcas como Sony, Nintendo e Microsoft realizem adaptações ou desenvolvam novos produtos especialmente para o novo iPad. “Finalmente estamos percebendo que essas máquinas podem ir muito além dos chamados “jogos casuais”. Haverá um equilíbrio entre esses games mais simples e outros muito mais complexos”, resumiu Mark Walton, um dos colunistas do site especializado gamespot.com, logo após o anúncio da quarta-feira.
img1.jpg
PÚBLICO-ALVO
Jovem testa Xbox, da Microsoft. O novo
iPad foi feito sob medida para os gamers
O movimento estratégico da Apple faz todo o sentido quando se analisa o ranking de aplicativos mais baixados na App Store. Nada menos que 12 dos 25 campeões da lista são jogos. Não por acaso, o presidente da Nintendo americana, Regis Fils-Aime, havia previsto que o mercado ficaria ainda mais aquecido já no fim de 2010. “A Apple será um concorrente mais perigoso que a Microsoft”, disse o executivo.

Curiosamente, o impacto causado pelas inovações incorporadas ao novo iPad no universo dos videogames acabou ofuscando outros upgrades importantes. Boa parte dos rumores que circulavam nos últimos dias acabou se confirmando. Agora, a máquina sai de fábrica pronta para redes 4G – algo ainda distante do consumidor brasileiro, diga-se. Além disso, ela ganhou um sistema de reconhecimento de voz (atenção: não se trata do assistente pessoal Siri, lançado com o iPhone 4S) e câmera traseira com resolução de 5 megapixels, capaz de gravar vídeos em alta resolução. Já os preços continuam os mesmos: de US$ 499 (16 GB de memória e conexão wi-fi) a US$ 829 (64 GB, wi-fi e 4G).

Outro aspecto importantíssimo na apresentação da semana passada que acabou sendo deixado em segundo plano foi o desempenho de Cook à frente do show. Mais uma vez, o CEO desempenhou o papel que transformou Steve Jobs em um dos maiores ícones da era digital com elegância e firmeza. Sob aplausos, ele comemorou a marca de 55 milhões de iPads vendidos e saiu do palco prometendo muito mais. “O ano de 2012 está apenas começando”, disse o executivo. Que venham as próximas revoluções.
img2.jpg

O corpo por dentro

Nova série do Discovery usa efeitos gráficos de última geração 

para mostrar fenômenos que ocorrem todos os dias em nossas 

células e órgãos; "É como se fôssemos a outro planeta", diz com 

exclusividade à ISTOÉ o produtor executivo Andrew Cohen

André Julião
Assista ao vídeo com trechos da série " Humanos" :
humanos_site.jpg
 
Se chegou até aqui para ler este texto, você é, antes de tudo, um forte. É o que fica claro nos primeiros minutos de “Humanos”, nova série em co-produção entre BBC e Discovery, exibido de 12 a 15 de março no Brasil. Os mais recentes recursos gráficos foram usados para mostrar cenas como a de um espermatozóide fecundando um óvulo. O único lançado naquele mês, que tem de ser alcançado por apenas um gameta masculino entre os 250 milhões que são lançados ao mesmo tempo. Todos os momentos dessa corrida pela vida são mostrados com riqueza de detalhes nunca antes vista.
“Às vezes perguntamos o que está acontecendo em nosso corpo em certo momento. É o que queremos mostrar, levar as pessoas numa jornada pelas nossas células”, disse com exclusividade à ISTOÉ Andrew Cohen, produtor executivo da série e chefe da unidade de Ciência da BBC, em Londres. Formado em fisiologia, com pós-graduação em jornalismo, Cohen assumiu o posto atual em 2009. Antes, era editor da série “Horizon”, uma das mais tradicionais da rede britânica de comunicação.
Os quatro episódios de “Humanos” levaram dois anos para serem produzidos. “Acho que o que faz essa série diferente de qualquer outra já realizada é que ela tem imagens de dentro do corpo humano com a mais recente tecnologia de efeitos visuais”, diz. “Elas só são especiais assim porque tínhamos cenas reais desses processos, que pudemos recriar. É como se fôssemos a um outro planeta”, afirma o produtor.
Além de detalhes como a fecundação, a divisão das células, o que acontece no corpo quando transpiramos, só para citar alguns, a série mostra os personagens mais improváveis, como uma grávida de trigêmeos, cada um de um óvulo – um acontecimento raríssimo. Outros personagens incluem ainda os irmãos Ronnie e Donnie, os gêmeos xipófagos (ou “siameses”) mais longevos ainda vivos, que dividem vários órgãos porque a divisão celular não foi bem sucedida pouco tempo após a fecundação.
“Precisávamos ter as mais extraordinárias histórias humanas”, diz Cohen, citando ainda o povo Moken, asiáticos conhecidos como “ciganos do mar”, que podem enxergar debaixo da água. “Podemos falar ainda do homem que mergulha na água extremamente gelada, em temperaturas que poderiam matar qualquer outra pessoa”, afirma. “O que temos na série são vários casos únicos, exemplos especiais do quão extraordinário é o corpo humano”.
Humanos
Quando: 12 a 15 de março (segunda a quinta-feira)
Horário: 22h
Onde: no canal Discovery 


Nenhum comentário:

Postar um comentário