A geração que pode salvar o planeta
Especialistas de diversas áreas afirmam em coro que a educação
ambiental é a chave para garantir que nossos filhos e netos vivam
em um planeta verde e saudável. Conheça personagens e
iniciativas exemplares no Brasil e no mundo
André JuliãoConfira a entrevista em vídeo com as irmãs Laura, Tamara e Marina Klink e
descubra como as filhas do velejador mais famoso do Brasil transformaram
suas experiências ao lado do pai na Antártida em livro
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EDUCADORAS
As irmãs Tamara, Laura e Marina Klink escreveram um livro sobre educação ambiental
As gêmeas Tamara e Laura, 14 anos, e sua irmã caçula, Marina, 11, sabem bastante sobre a fauna brasileira e do Polo Sul. Sabem também da importância de jogar o lixo no local certo e usar água de forma racional. Elas tiveram aulas de educação ambiental bem diferentes daquelas que a maioria das crianças e adolescentes costumam ter. O aprendizado das meninas se deu, em grande parte, durante as seis viagens que fizeram à Antártica com os pais, o velejador Amyr Klink e a fotógrafa Marina Bandeira Klink.
Numa dessas aventuras, as meninas perderiam um mês de aula. Como forma de compensar as faltas, levaram todas as atividades de classe e de casa para a expedição e, quando voltaram, fizeram uma apresentação aos colegas sobre o continente gelado. O dever de casa fez tanto sucesso na escola que, dois anos depois, as irmãs Klink já fizeram mais de 60 apresentações. A experiência virou até livro, “Férias na Antártica”, lançado em 2010 e adotado em 28 escolas.
“A gente só consegue amar e proteger o que conhece”, diz Tamara. “Mostrando o que vimos, podemos estimular as pessoas a tomar uma atitude”, completa Marina. Nesse tempo que estão percorrendo escolas e empresas com sua palestra, as meninas já viram mudanças acontecendo.
Numa dessas aventuras, as meninas perderiam um mês de aula. Como forma de compensar as faltas, levaram todas as atividades de classe e de casa para a expedição e, quando voltaram, fizeram uma apresentação aos colegas sobre o continente gelado. O dever de casa fez tanto sucesso na escola que, dois anos depois, as irmãs Klink já fizeram mais de 60 apresentações. A experiência virou até livro, “Férias na Antártica”, lançado em 2010 e adotado em 28 escolas.
“A gente só consegue amar e proteger o que conhece”, diz Tamara. “Mostrando o que vimos, podemos estimular as pessoas a tomar uma atitude”, completa Marina. Nesse tempo que estão percorrendo escolas e empresas com sua palestra, as meninas já viram mudanças acontecendo.
EXEMPLAR
No Japão, todas as crianças têm aulas sobre educação
ambiental e ainda ajudam a fazer a faxina de suas escolas
O trio faz parte de uma geração que tem tudo para melhorar o planeta em que vivemos, com acesso a muita informação e em uma fase da vida na qual a curiosidade pulsa. Vários profissionais de educação, escolas, empresas e organizações já identificaram a oportunidade e investem pesado nesse público.
A Fundação Bunge, braço filantrópico da gigante empresa alimentícia, une meio ambiente à literatura. Por meio do programa Comunidade Educativa, e com a ajuda de uma pedagoga, um tema ambiental é inserido no projeto pedagógico de cada escola. A organização leva voluntários do seu quadro de funcionários para ajudar professores durantes as aulas de leitura. “Nosso objetivo é trazer a educação ambiental dentro de um conceito de cidadania, fazendo cada um se questionar sobre o seu papel”, diz Claudia Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge.
Matheus Cauã da Silva, 9 anos, é um dos beneficiados pelo projeto e está multiplicando o conhecimento em casa. “Minha mãe deixava o chuveiro ligado o tempo todo durante o banho. Então falei para ela que existe muito pouca água doce no planeta e é preciso ter consciência para usá-la”, diz o aluno da 3ª série do Centro Educacional Unificado do Jaguaré, escola pública da capital paulista.
A Fundação Bunge, braço filantrópico da gigante empresa alimentícia, une meio ambiente à literatura. Por meio do programa Comunidade Educativa, e com a ajuda de uma pedagoga, um tema ambiental é inserido no projeto pedagógico de cada escola. A organização leva voluntários do seu quadro de funcionários para ajudar professores durantes as aulas de leitura. “Nosso objetivo é trazer a educação ambiental dentro de um conceito de cidadania, fazendo cada um se questionar sobre o seu papel”, diz Claudia Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge.
Matheus Cauã da Silva, 9 anos, é um dos beneficiados pelo projeto e está multiplicando o conhecimento em casa. “Minha mãe deixava o chuveiro ligado o tempo todo durante o banho. Então falei para ela que existe muito pouca água doce no planeta e é preciso ter consciência para usá-la”, diz o aluno da 3ª série do Centro Educacional Unificado do Jaguaré, escola pública da capital paulista.
GLOBAL
Acima, alunos americanos em contato direto com a natureza.
Abaixo, as irmãs Klink com os pais, na Antártica
“A legislação, a tecnologia e o planejamento energético são maneiras de ajudar no combate ao aquecimento do planeta. Mas nenhum deles é tão eficiente quanto a educação”, disse à ISTOÉ Atsushi Asakura, professor da Universidade de Hiroshima. “Sem isso, as leis não vingam e a tecnologia fica sem ter quem a desenvolva.” O japonês fala com a autoridade de quem vive num país onde ensinar a lidar com o planeta se tornou uma questão de sobrevivência.
Grande parte dos pais atuais do Japão viveu nos anos 1960 e 1970, período em que a economia prosperava. “Era um tempo em que não valia a pena consertar um aparelho. Saía um modelo mais novo, e o japonês médio jogava seu som, videocassete e televisor no lixo, sem a menor cerimônia”, lembra. Mas muita coisa mudou de lá para cá. Muitas leis foram criadas e, hoje, segundo ele, todo japonês sabe que atirar um televisor no lixo é uma atitude fora da lei. “E quem comete esse delito vai para a cadeia”, conta. Alguém que queira se livrar de um eletrodoméstico agora tem de contratar uma empresa, que irá desmontar o aparelho e dar um fim correto para suas partes.
Grande parte dos pais atuais do Japão viveu nos anos 1960 e 1970, período em que a economia prosperava. “Era um tempo em que não valia a pena consertar um aparelho. Saía um modelo mais novo, e o japonês médio jogava seu som, videocassete e televisor no lixo, sem a menor cerimônia”, lembra. Mas muita coisa mudou de lá para cá. Muitas leis foram criadas e, hoje, segundo ele, todo japonês sabe que atirar um televisor no lixo é uma atitude fora da lei. “E quem comete esse delito vai para a cadeia”, conta. Alguém que queira se livrar de um eletrodoméstico agora tem de contratar uma empresa, que irá desmontar o aparelho e dar um fim correto para suas partes.
“Sem a educação ambiental, as leis não vingam
e a tecnologia fica sem ter quem a desenvolva”
Atsushi Asakura, professor da Universidade de Hiroshima (Japão)
No momento em que o poder de compra do brasileiro aumenta, é hora de educar os novos consumidores. Um passo importante foi dado em 1999, quando foi aprovada a lei que institui o Programa Nacional de Educação Ambiental (PNEA), gerido pelos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente. De 2004, quando foi implementada, até 2010, foram investidos mais de R$ 10 milhões na formação de professores e alunos da rede pública. Em 2012, quando acontece no Brasil o Rio+20, o MEC pretende abordar os mesmos temas do evento durante a quarta edição da Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, outra ação do PNEA. “Podemos influenciar positivamente os futuros tomadores de decisões”, diz José Vicente Freitas, coordenador do programa.
Professores e alunos concordam que as gerações atuais têm nas mãos uma grande responsabilidade, mas também uma oportunidade. Ninguém melhor do que uma educadora e, ao mesmo tempo, aprendiz, para definir a situação. “O que aprendermos agora será passado para nossos filhos e netos. Se todos fizerem isso, o planeta que teremos no futuro será muito mais verde e alegre”, conclui a jovem Marina Klink.
Professores e alunos concordam que as gerações atuais têm nas mãos uma grande responsabilidade, mas também uma oportunidade. Ninguém melhor do que uma educadora e, ao mesmo tempo, aprendiz, para definir a situação. “O que aprendermos agora será passado para nossos filhos e netos. Se todos fizerem isso, o planeta que teremos no futuro será muito mais verde e alegre”, conclui a jovem Marina Klink.
Colaboraram Izadora Rodrigues e Edson Franco
Boa noite, Só não entendo pq nos EUA tem um programa voltado para as questões ambientais, e na pratica eles são um mau exemplo de consumidores. Tudo no exagero!!!
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