A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Semana na Ciência

Testemunha do aquecimento

Fotógrafo brasileiro registra ambientes ameaçados pela ação do 

homem e mostra o resultado em exposição e livro que fazem um 

alerta sobre o futuro do planeta

André Julião
Assista à reportagem sobre as tribos mais preservadas da África :

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DEGELO Pesquisador dinamarquês observa os efeitos do aquecimento naGroenlândia. Abaixo, no detalhe, o fotógrafo mineiro Érico Hiller
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Faz calor na Groenlândia, um dos poucos territórios habitados do Ártico. Deitados sobre uma pedra, turistas dinamarqueses observam incontáveis blocos de gelo flutuando no mar. Ao avistar um fotógrafo clicando a cena, uma das mulheres do grupo pergunta de onde ele é. “Brasil”, responde. A europeia então arremata: “Isto aqui está igual a Copacabana, não?” A situação, vivenciada pelo fotógrafo Érico Hiller, demonstra de forma sutil como o planeta está esquentando. Revela também a posição privilegiada em que ele se encontrava para realizar as imagens de “Ameaçados – Lugares em Risco no Século 21”, exposição em cartaz entre os dias 8 de fevereiro e 25 de março no Museu da Casa Brasileira (São Paulo).

Além da Groenlândia, Hiller esteve no vale do rio Omo, na Etiópia, subiu duas vezes o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, visitou as Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, e percorreu diversos pontos do Brasil para registrar as ameaças à Mata Atlântica. Todas as expedições foram realizadas entre março e dezembro do ano passado. “Queria ver de perto o que eu só ouvia falar a respeito”, diz o mineiro radicado em São Paulo, que em 2008 lançou “Emergentes”, livro no qual registra as mudanças sociais causadas pelo crescimento econômico de China, Índia, México, Argentina, Rússia e, claro, Brasil.
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Uma das revelações que o fotógrafo traz na exposição de 45 imagens (e em um livro, a ser lançado em março) é o testemunho das pessoas que vivem nos lugares que estão sendo alterados por conta do aquecimento global e de outras ações humanas. “Os moradores normalmente não percebem. São mudanças muito sutis”, diz. “É como perguntar para um brasileiro que vive nos domínios da Mata Atlântica se ele sabe o tamanho da ameaça que sofre esse bioma”, diz. “Pouquíssima gente tem real noção do problema”, completa. A ideia de Hiller, que contou com patrocínio privado para realizar o projeto, era fazer um inventário de um planeta minguante. “Ficaria muito feliz se esse trabalho fosse o início de uma discussão séria sobre os temas retratados. Tentei fazer a minha parte”, afirma o fotógrafo.  

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Como eles conseguem?

Cada vez mais ousados, hackers tiram do ar os sites dos 

maiores bancos do País exatamente na semana em que os 

brasileiros recebem seus salários

Larissa Veloso
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VANDALISMO
Sob a máscara do Anonymous, hackers prometem mais ações para as próximas semanas
Na semana passada, milhares de brasileiros que correram até o computador para movimentar suas contas bancárias ficaram a ver navios. Até o fechamento desta reportagem, na quinta-feira 2, os sites de quatro bancos apresentaram instabilidade ou simplesmente saíram do ar. Na segunda-feira o alvo foi o Itaú. Na terça, o Bradesco. Na quarta foi a vez do Banco do Brasil e na quinta, do HSBC. 

O ataque foi feito por dois grupos de hackers, autodenominados iPiratesGroup e Anti-Security Brazilian Team. Ambos fazem parte do Anonymous, movimento sem líderes que procura chamar a atenção da população mundial para as injustiças sociais promovidas por governos e grandes corporações.

Em uma operação coordenada via Twitter, os vândalos digitais geraram uma sobrecarga de acessos para tirar as páginas do ar (leia quadro) sem, no entanto, invadir os sistemas ou as contas de correntistas. “A vulnerabilidade dos bancos é quase inexistente. São os usuários que, por falta de informação, muitas vezes não possuem antivírus ou outros programas instalados em seu computador, que acaba infectado por arquivos maliciosos”, avalia Fábio Leto, presidente da SmartSec, empresa especializada em segurança digital.

Ouvido pela reportagem de ISTOÉ, um dos cyberterroristas negou que senhas ou dados tenham sido surrupiados. “O sistema ficou apenas inacessível. Roubar dados financeiros vai contra nossos princípios”, afirmou, por e-mail, o membro do grupo. 

Os bancos atacados reconhecem que houve um pico de acessos aos sites, o que gerou a instabilidade. “Caso encontrem dificuldade, nossos clientes têm à disposição o telefone, os caixas eletrônicos e a rede de agências”, afirmou o Itaú, em nota. Já o Banco do Brasil negou “qualquer especulação sobre ameaça à segurança dos servidores e sistemas operacionais”. Por meio da assessoria da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Bradesco afirmou que as instituições financeiras brasileiras investiram cerca de R$ 17,5 milhões em tecnologia digital nos últimos seis anos. Procurado pela reportagem, o HSBC não se posicionou oficialmente sobre o caso até o fechamento desta edição. 
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