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Albert Einstein

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

JURASSIC PARK: FICÇÃO OU REALIDADE?


No filme Jurassic Park cientistas extraem o DNA de dinossauros de insetos hematófagos preservados em âmbar. A partir desse DNA recriam os grandes répteis que viveram há mais de 65 milhões de anos em nosso planeta.

O âmbar é uma resina de árvore fossilizada que pode preservar animais por muito tempo. Essas resinas naturais possuem compostos químicos com propriedades conservantes e antimicrobianas e parecem um material promissor para a preservação de DNA. Assim, esperava-se que a molécula de DNA pudesse ser facilmente extraída dos restos de tecidos desses animais. Infelizmente, tal molécula se degrada facilmente e as tentativas de se obter DNA antigo sempre foram frustradas.

Pesquisadores da Universidade de Bonn, Alemanha conseguiram extrair DNA de organismos preservados em âmbar. Embora o DNA seja uma molécula lábil, eles a encontraram em besouros incorporados em pedaços de resina de dois a seis anos de idade. Tais insetos estavam no interior da resina de uma árvore (Hymenaea verrucosa) coletada em Madagascar. O DNA desses besouros foi extraído e amplificado.

Os pesquisadores descrevem o método que agora possibilita o estudo de DNAs antigos de organismos preservados em âmbar. A questão agora é saber por quanto tempo o DNA pode permanecer intacto em âmbar. A preservação de DNA por alguns anos nessas resinas está demonstrada. No entanto, os dinossauros viveram por aqui há mais de 65 milhões! Ao longo desse tempo, eventos que incluem mudanças de pressão e de temperatura minimizam a probabilidade de preservação do DNA em âmbar. Desse modo, é melhor deixarmos o Jurrasic Park restrito ao terreno da ficção.

REFERÊNCIA

Peris et al. DNA from resin-embedded organisms: Past, present and future, PLOS ONE (2020). https://doi.org/10.1371/journal.pone.0239521

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