A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A caminho do tudo – Parte IX

A REVOLUÇÃO COPERNICANA
Copérnico : Detonando as esferas de Aristóteles



“Algumas pessoas, assim que ficarem sabendo deste livro que escrevi sobre a revolução das esferas universais, em que atribuo uma espécie de movimento ao globo terrestre, iram clamar para que me façam calar”.
Nicolau Copérnico



Amigos, parece título de episódio da série Dragonball Z, reconheço, mas como sugeri no inicio do blog, somos todos filhos de Nicolau. Nicolau Copérnico viveu 80 anos em uma época de investigação e descoberta sem precedentes. Nasceu na cidade Polonesa de Torun e estudou em Cracóvia, Bolonha e Pádua antes de retornar à sua terra natal. Nessa época ele já tinha aprendido como funcionava a astronomia de Ptolomeu. Quanto mais estudava o modelo de Ptolomeu, menos ficava satisfeito com ele. Para ele, era um simples modelo do sistema solar centrado na Terra, Que não explicava o movimento dos planetas que eram observados. Entre as dificuldades, citava:

Se as trajetórias das trajetórias são círculos perfeitos, por que Marte, Júpiter e Saturno as vezes parecem “retroceder”em seus caminhos através dos céus;

• Por que os planetas parecem girar mais depressa a mais devagar quando se movem em suas órbitas;


• Se todos os planetas giram em torno da Terra em trajetórias circulares, isso significa que estão a mesma distância de nós, Por que Marte e Júpiter variam tanto em brilho no decorrer de um ano?

A fim de explicar essas observações o modelo de Ptolomeu precisava de alguns ajustes. Em vez de se mover em círculos simples à volta da terra, se achava que cada planeta também se movia em um ou mais círculos pequenos conhecidos como epiciclos.



Para Copérnico essa mistura de órbitas parecia ser “grosseira e deselegante” e ofereceu uma solução mais simples : talvez o sol e não a Terra, fosse o centro do sistema solar. Essa idéia de o Sol ser o centro do sistema solar já tinha sido sugerido por alguns antigos astrônomos Gregos, como em alguns textos sugeridos, por Aristarco de Samos. Entretanto ninguém elaborou os detalhes da teoria, e a idéia foi abandonada.

E sua grande sacada, Copérnico percebeu que um sistema centrado no Sol resolvia muitos dos problemas que perturbavam o modelo de Ptolomeu. As variações no brilho e velocidade dos planetas do ponto de vista de uma Terra em movimento, agora faziam sentido.



Havia, é claro, algumas perguntas à serem respondidas pelo modelo de Copérnico, muitas delas baseadas no “senso comum”. Se a Terra realmente se move porque a Jabulani jogada pra cima, cai no mesmo ponto de onde foi lançada? Por que os pássaros não são lançados para trás contra o sentido de movimento da Terra? O próprio Aristóteles já tinha sido hilário devido a essas idéias.

Copérnico tinha uma resposta: a atmosfera da Terra não precisava ser transportada junto com ela, e assim nenhum movimento pode ser observado( galera, somente o Sir. Isaque Newtom responderia de forma mais clara esta questão com seu principio da inércia).

E havia mais dúvidas: se a terra se movia em volta do Sol, as estrelas deveriam parecer mudar de posição no decorrer de um ano. Esclarecendo: imagine você caminhando na floresta amazônica, enquanto em movimento, as árvores próximas parecem mudar de posição em relação as árvores mais distantes atrás delas. Mas, porém, contudo, todavia e entretanto, nenhuma mudança assim foi vista nas posições das estrelas. E, se a Terra se move em uma grande órbita, ela teve estar mais perto de certas estrelas em certas épocas no ano; portanto, as estrelas deveriam mudar de luminosidade no decorrer das estações. A resposta, raciocinou Copérnico, é que as estrelas devem estar muito longe em comparação com o nosso sistema solar, brilhante no pensar. Essa visão de universo infinito era um afastamento radical da visão popular medieval, fantástico.

Alguns mitos surgirão em volta da revolução copernicana:

O sistema heliocêntrico resolveria todos os problemas da astronomia com uma só tacada; Comentário: não foi bem assim, afim de observar com precisão os movimentos observados do sol, da luz e dos planetas, ele também precisava de epiciclos.

• Os lideres religiosos eram contrários a um sistema centrado no sol por que privava a humanidade de um lugar “especial”no universo; Comentário: De fato o centro do universo de Aristóteles estava reservado para o CAPIROTO ( não confundam com o Petillo) e seus anjos; a idéia da Terra em movimento era muito perturbadora e havia uma certa relutância em aceitar o “infinito cosmos” proposto pelo modelo de Copérnico.


Copérnico deveria estar se borrando..... de medo por não publicar sua teoria. Somente na velhice ele permitiu que a sua grande obra, De Revolutionibus Orbium Celestium ( Sobre as revoluções das esferas celestiais ), fosse publicada; um exemplar completo foi lhe apresentado em seu leito de morte, causando um infarto fulminante ( a segunda parte, a do infarto, é mentirinha tá ). Sem o seu conhecimento , seu editor acrescentou um prefácio, ou uma declaração afirmando que o sistema heliocêntrico era apenas um modelo teórico, estava com medinho de virar churrasco também!

Mas acho que Copérnico sabia era mais que apenas uma abstração. Completando o senso de equilíbrio do modelo ele escreveu que “descobrimos nesse arranjo organizado a maravilhosa simetria do universo, e uma firme e Harmoniosa conexão entre o movimento e o tamanho das esferas (...). A pura elegância do modelo heliocêntrico, a idéia, não os detalhes, foi suficiente para convencê-lo de que se tratava de uma verdadeira descrição da natureza.

Devemos muito a esse homem, tudo começou com ele e somos todos filhos do brilhante e medroso NICOLAU COPÉRNICO cujas idéias serviram de base para o desenvolvimento da física pelos cientistas que o sucederam seus “herdeiros intelectuais”.

Beleza de história, já estou estudando o próximo post. O título é: Tycho apenas Um GRANDE observador.

O que têm de bom?
* Apenas um ano de contato com Kepler foi necessário para Kepler estudar e escrever as leis que regem a mecânica celeste;

O que têm de ruim?
* Sua vida social; primeiro perdeu um talho do nariz em um duelo. Sua morte foi por causa de uma infecção urinária, motivo, etiqueta. Mais esta é uma outra história. Aguardo vocês.

Desafio do professor valendo o novo livro de Física 1, edição plus da editora moderna para o primeiro que responder a questão nos comentários de forma completa e correta.


Um carro alegórico do bloco carnavalesco “os filhos de Nicolau” possui um plano inclinado e se move com velocidade horizontal u constante em relação à pista. Albert, o filho mais moço escorrega desde o alto da rampa sem atrito. É observado por Galileu, o mais velho sentado no carro, e por Isaac, parado na pista. Quando Albert chega ao fim da rampa, Isaac observa que a componente horizontal da velocidade de Albert é nula. Suponha que o movimento de Albert não altera a velocidade do carro, muito mais pesado do que ele. São dados h = 5m, θ = 30° e g = 10 m/s2.

a) Quais são os valores das componentes horizontal ( vh ) e vertical ( vv ) da velocidade de Albert no fim da rampa, observados por Galileu;
b) Quanto vale u?
c) Qual o valor da componente vertical ( v’v ) da velocidade de Albert no fim da rampa observado por Isaac.


Bom estudo e aguardo as respostas.

Amanhã tem Brasil X Holanda, alguns de vocês não se lembram mas em 1994 Bebeto embalava Matheus que hoje têm 16 anos, você conhece essa História...

Dezesseis anos depois, Mattheus mira o embala neném do neto de Bebeto Filho do tetracampeão espera que a seleção repita a vitória sobre a Holanda que marcou seu nascimento em 1994 e avisa: 'Vou retribuir numa Copa'

Por Richard Souza
Rio de Janeiro

Alguns momentos de uma conquista de Copa do Mundo são tão marcantes que não se perdem nem com o passar dos anos. No tetracampeonato da seleção brasileira, por exemplo, um gesto carinhoso e espontâneo de Bebeto transformou-se em símbolo daquela campanha. No dia 9 de julho de 1994, Brasil e Holanda se enfrentaram pelas quartas de final do Mundial. Aos 18 minutos do segundo tempo no Cotton Bowl, em Dallas, nos Estados Unidos, o lateral-esquerdo Branco afastou a bola do campo de defesa e achou Bebeto na intermediária adversária. O camisa 7 ganhou do marcador na corrida, driblou o goleiro De Goey e empurrou para o fundo das redes. Feliz feito criança, o craque comemorou com o famoso “embala neném”, uma homenagem ao filho caçula Mattheus, que havia nascido dois dias antes

Quase dezesseis anos depois, Mattheus já perdeu as contas de quantas vezes assistiu à cena. “Milhões e milhões”, segundo ele. E sempre é especial. Nesta quarta-feira, o garoto recebeu a reportagem do GLOBOESPORTE.COM em casa, vestiu a camisa azul com o número de Bebeto e repetiu o gesto do pai.


No campo de futebol que tem em casa, Mattheus veste a camisa azul com o número que foi de Bebeto e repete o gesto que virou marca do pai em 1994 (Foto: Richard Fausto / GLOBOESPORTE.COM)

- Ele sempre fala que foi um gesto espontâneo, que não tinha programado. Vieram Romário e Mazinho e ele não entendeu nada (risos). Mas já que ele estava fazendo foi embora. Acho que por isso ficou marcado. O jogo inteiro eu nunca vi. Vi os melhores momentos. O Brasil abriu 2 a 0 numa partida que não era fácil e eles tornaram fácil. Mas eu acho que quando a Holanda fez o primeiro gol afunilou o jogo, eles começaram a ir para cima e fizeram o 2 a 2. Só que aí num lance de brilho do Branco ele acertou uma falta maravilhosa no único lugar que a bola poderia entrar. Um pai fazer um gesto daquele não tem coisa melhor para o filho. Ainda mais numa Copa do Mundo. Não tenho palavras. Quero retribuir esse gesto um dia – comentou.



Mattheus é jogador das categorias de base do Flamengo e da seleção brasileira sub-16. É meio-campista e admirador do futebol de Kaká. O garoto gosta de comemorações diferentes, como as que Robinho, Ganso e Neymar fazem no Santos. Mas o gesto marcante do pai ele quer repetir na hora mais apropriada.

- Ainda não fiz. Vou retribuir, sim. Mas vou retribuir numa Copa do Mundo. Ele chora, a família toda pede, mas vou fazer numa Copa. Deixa guardado – avisou.

Os amigos de pelada não cansam de imitar Bebeto. Sempre que alguém tem a chance brinca com Mattheus. A comemoração também virou mania entre os jogadores profissionais. Não só no Brasil.

- Isso é normal (risos). Principalmente entre os amigos. Sempre tem um que quer mostrar. Acho legal. Vendo os jogos do Brasil e também de fora, todo pai que faz um gol para o filho faz o gesto. Sempre falo para o meu pai e ele acha bom. Não era para tomar essa proporção toda. Ele só queria fazer um gesto carinhoso, mas como o mundo todo assiste à Copa, ficou marcado – disse.



Nesta sexta-feira, Brasil e Holanda vão se reencontrar numa Copa do Mundo. O quarto duelo da história será em Porto Elizabeth, às 11h (de Brasília). Uma vaga na semifinal estará em jogo, assim como em 74, na Alemanha, quando a Laranja Mecânica venceu. Em 94, a seleção aproveitou a revanche. Quatro anos mais tarde, na França, novo confronto e vitória brasileira nos pênaltis, pelas semifinais.

- Em 98 eu cheguei a ir à Copa, mas não lembro de nada. Tinha quatro anos. Só lembro do que a minha mãe me fala. Vai ser a primeira vez que vou ter a oportunidade de ver esse jogo analisando as jogadas e as táticas dos times. Vou torcer para que o Brasil saia com a vitória. Gosto de assistir aos jogos do Brasil em casa, com os amigos, para analisar e ver os jogadores que eu gosto e me identifico. Para tentar repetir alguma jogada – afirmou.

Bebeto está na África do Sul. Foi contratado como comentarista de jogos do Brasil para uma emissora de televisão dos Emirados Árabes. Mattheus confia no time de Dunga, mas acredita que será um jogo tão difícil quanto os anteriores.

- Vai seguir a linha de sofrimento. A seleção da Holanda é muito boa, o grupo muito forte e todos os jogadores desequilibram. Mas estou bem confiante no trabalho do Dunga e do Jorginho. Apesar das críticas, que são normais no futebol, gosto bastante da seleção. Ela vem ganhando e não temos do que reclamar. Estou bem confiante para este jogo. Não há recordação melhor do que um jogo contra a Holanda numa Copa do Mundo. Tenho certeza de que o Brasil vai sair com o resultado positivo. A história não vai mudar e a vitória vai se repetir. Meu pai também está bem confiante pelo que demonstraram no último jogo (contra o Chile) – contou.

Um comentário:

  1. Obrigado pelo ótimo post, professor.
    continue escrevendo, cara!
    Pena que nosso Brasilzão deixou agora só a vontade de ser campeão, mesmo. mas tem 2014, 2018, 2022, 2026..
    um abraço.

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