A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

sábado, 16 de outubro de 2010

A caminho do tudo – Parte XXV

A procura do Santo Graal

Raspa do Tacho : A Dualidade Onda Partícula




Puts, em um mês de contador e mais de 2000 visualizações e agora com 70 fanáticos me seguindo. Foi duro sair da marca dos 69, pensei que tinha de evoluir. Se os amigos que gostam de física soubessem da importância deste tema não perderiam, fica a dica.




Gênesis 1:3 "E disse Deus:  Haja luz. E houve luz."


Como vimos na postagem anterior, o trabalho de Maxwell reuniu a eletricidade e o magnetismo, ele encontrou o santo Graal da física, sob uma única descrição unificada. Ao fazer isto iluminou também um tema que a muito tempo intrigava os físicos: o problema da luz. Como o espaço a o tempo, a luz é um desses “causos”paradoxais que parece desafiar qualquer tipo de exame detalhado. Ela parece como parte do nosso universo fundamental, é elementar, e no entanto se furtou ao estudo por muito tempo. De que é feito a luz? Até hoje esta pergunta é muito difício de ser respondida.

Isaac Newton, inspirado pela mecânica, procurou uma descrição mecânica da luz. Os raios de luz devem ser partículas emitidas pelo Sol, pelas chamas e por outros objetos luminosos, disse ele. Outro físico Huygens, disse que a luz era uma onda, similar às mais familiares ondas de água e ondas sonoras. A natureza de onda da luz recebeu outro ilustre apoio que veio de Thomas Young, que investigou uma série de fenômenos ópticos e demonstrou que as ondas de luz podem sofrer interferência umas com as outras, exatamente com as ondas de água, grande Young.


É aí que entra Maxwell, cuja teoria do eletromagnetismo parece requerer a existência de um certo tipo de onda, uma perturbação periódica em um campo eletromagnético. Além disso era possível fazer certas medições elétricas e magnéticas que produziam o valor preciso da velocidade a que essas ondas viajavam. E revelou-se que elas viajavam a uma velocidade que se equiparava exatamente, pasmem senhores, à velocidade conhecida da luz.

 
“Dificilmente podemos evitar a conclusão”escreveu, Maxwell, “de que a luz consiste de ondulações transversais do mesmo meio que é a causa dos fenômenos elétricos e magnéticos”, bingo, ponto para Maxwell.
Provar que a luz visível era resultante de campos eletromagnéticos não era naquela época viável, mais o pensamento de Maxwell era tremendo e havia um outro modo de ver se a idéia era correta. Se Maxwell estava correto, qualquer campo elétrico em baixa oscilação poderia produzir ondas, não ondas de luz visível mais vibrações menos intensas de um comprimento de onda mais longo. Oito anos após a morte de Maxwell, o físico alemão Heinrich Hertz produziu e mediu aquelas ondas de rádio mais longas. Foi o gole na taça do santo Graal para a teoria de Maxwell. Hetz também demonstrou que as ondas de rádio podiam ser refletidas e refratadas exatamente como as ondas de luz. Era a prova final de que a luz era um tipo de radiação eletromagnética. A resposta foi rápida para o avanço da ciência, dez anos depois foi construído o primeiro telégrafo sem fio, o antecessor do rádio.


Graças ao trabalho de Oersted, Faraday e Maxwell uma imagem nova do mundo físico estava surgindo com entusiasmo, otimismo e um grande senso de progresso.

A descoberta das leis do eletromagnetismo foi um salto gigante para a descrição da natureza. A obra de Maxwell se destacava em sua conquista e se colocava ao lado com a de Charles Darwin como o avanço cientifico do século. Ao explicar a luz como uma onda eletromagnética ela também abraça todos os tipos de fenômenos ópticos, da reflexão a refração da luz aos efeitos da interferência. Essas ondas sempre existiram, mas estavam escondidas até que uma série de pensadores, as trouxe à luz.


 Mais foram as inovações tecnológicas geradas pelas descobertas de Maxwell, mais que a teoria em si, que mudaram o mundo tão depressa. Eletrodomésticos, luzes, rádios, televisão, telefones, redes de computadores, comunicação via satélite, tudo isso agora define o próprio caminho de nossas vidas. E tudo começou com Oersted em sua aula e a oscilação da agulha ao passar por um fio percorrido por uma corrente elétrica.

Uma coisa nova aconteceu também naquele momento, a ciência começou a se afastar do mundo cotidiano dos sentidos. A gravidade e as leis da mecânica estão conosco todo dia de modo muito óbvio. Ponha o pé para fora de uma escada e você logo será lembrado da gravidade. Para a investigação da eletricidade e do eletromagnetismo é necessário novas ferramentas e mais sofisticadas que as anteriores. A ciência agora não lidava somente com objetos e movimentos que poderíamos ver e tocar, mais era uma disciplina mais abstrata, que exigia técnicas e conhecimentos especializados, e na maioria dos casos, a matemática de alto nível que não estava ao alcance de todo mortal. Antes aberta a qualquer amador curioso, a ciência se tornara domínio exclusivo dos cientistas. Alguns novatos até poderiam sentir o gostinho da excitação das últimas descobertas, mas os detalhes eram deixados para os especialistas.

Bem senhores, estamos em um divisor de águas e o homem que personifica essa transformação iria se igualar a Galileu e Newton. Seu nome é Albert Einstein.



Como veremos nos próximos estudos seu trabalho é uma continuação natural do trabalho de Oersted, Faraday e Maxwell e seus objetivos eram os mesmos: encontrar a teoria do tudo. Continuamos na próxima sexta com o estudo detalhado sobre a vida de Einstein e o tema: A REVOLUÇÃO DE EINSTEIN, até lá.


TIRINHA DO DIA

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