Desde cedo, na história da humanidade, há registros de observações dos corpos celestes. Antigos escritos chineses falam de fenômenos astronômicos, como eclipses, surgimentos de cometas etc. os antigos navegantes orientavam-se pelo movimento da Lua e pelas estrelas. As mitologias grega, romana e de outros povos do passado colocavam seus deuses no céu e procuravam explicar os fenômenos observados como manifestações divinas.
O estudo propriamente científico dos astros iniciou-se com os filósofos da Grécia Antiga que, pela primeira vez, tentaram explicar os movimentos dos corpos celestes sem recorrer aos mitos e à religião. São deles as primeiras descrições do nosso sistema planetário.
Em sua famosa obra Almagesto , o último grande astrônomo grego da antiguidade, Cláudio Ptolomeu, que viveu no século II d.C., propõe um sistema planetário geocêntrico, pois estabelece a Terra como centro do Universo. A Lua e o Sol descreveriam órbitas circulares em torno da Terra. Quanto aos demais planetas, cada um descreveria órbita circular em torno de um centro que, por sua vez, descreveria outra órbita circular em torno da Terra. Esse artifício era necessário para explicar as observações dos movimentos dos planetas no céu.
Durante muito tempo o sistema de Ptolomeu se manteve aceito sem contestação. Somente no século XVI foram levantadas novas hipóteses sobre o universo. O astrônomo polonês Nicolau Copérnico, em sua obra Sobre a revolução dos corpos celestes, publicada prudentemente no ano de sua morte, rompe com o passado, propondo ser o Sol o centro do Universo. Os seis planetas conhecidos, descreveriam órbitas circulares em torno do Sol.
Galileu Galilei foi um ardente defensor das idéias copernicanas. A utilização de instrumentos ópticos de maneira sistemática nas observações astronômicas lhe possibilitou obter fortes evidências a favor do sistema planetário heliocêntrico de Copérnico. Uma dessas evidências foi sua descoberta dos satélites de Júpiter. Se havia corpos que giravam em torno de um planeta, a terra não poderia ser o centro do Universo.
Entretanto, coube ao astrônomo alemão Johannes Kepler estabelecer de forma definitiva como os planetas se movem em volta do Sol. Kepler discípulo de Tycho Brahe herdou registros das pacientes e precisas observações de seu mestre que lhe possibilitaram após muito estudo, enunciar as três leis que descrevem o movimento planetário.
Em agosto de 2006, a união Astronômica deixou de considerar Plutão como o nono planeta do sistema solar. Juntamente com Ceres e Éris, ele passou a constituir uma nova categoria, a dos planetas anões.
Um abraço e até a próxima postagem sobre a gravitação Universal com o título: Descobrindo Planetas
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