A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

domingo, 3 de abril de 2011

A semana na Ciência


Arqueologia de guerra

Depois de 20 anos de proibição, pesquisadores estrangeiros voltam ao Iraque para buscar indícios das primeiras cidades erguidas pelo homem

Hélio Gomes
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PATRIMÔNIO
Escombros de cidades com milhares de anos à margem do rio Eufrates
Logo depois da primeira Guerra do Golfo, no início dos anos 90, um dos maiores patrimônios históricos da humanidade mergulhou em duas décadas de escuridão. O acesso de arqueólogos estrangeiros a sítios que guardam segredos da Mesopotâmia e do Império Persa, localizados às margens dos rios Tigre e Eufrates, no Iraque, foi terminantemente proibido pelo regime de Saddam Hussein. Há poucas semanas, um grupo formado por três pesquisadoras americanas encarou os riscos de viajar ao território ocupado para retomar a busca por indícios das primeiras cidades erguidas pelo homem.
“A única forma que encontramos para entrar no país foi com a ajuda de uma companhia de turismo britânica”, diz Carrie Hritz, antropóloga e professora da universidade Penn State (EUA). Ela liderou o grupo americano, que ainda contou com o auxílio de pesquisadores da Universidade de Basra e de seguranças privados locais durante os cinco dias de expedição. “Os arqueólogos iraquianos continuaram o trabalho nos últimos anos, mas suas pesquisas não foram documentadas”, afirma Carrie.
Paradoxalmente, Saddam Hussein foi o maior responsável pela descoberta dos sítios arqueológicos. Nos anos 80, o tirano mandou drenar as margens do Tigre e do Eufrates para limitar o acesso dos membros da etnia shia às suas águas. Para surpresa geral, escombros emergiram para contar parte da história das primeiras cidades erguidas pelo homem. “Os dados que coletamos ajudam a entender como as concentrações humanas eram organizadas cinco milênios antes de Cristo”, conta Carrie. A pesquisa completa deve ser publicada pelo grupo nos próximos meses.

Além de investigar o passado, a expedição americana tinha o nobre objetivo de recolocar a comunidade acadêmica iraquiana no mapa mundial. Durante as primeiras semanas da invasão americana no Iraque, em 2003, a Universidade de Basra foi invadida e seus laboratórios foram saqueados. Agora, os pesquisadores americanos prometem incluir seus colegas iraquianos nos créditos do novo estudo. “Também conseguimos viabilizar o acesso deles a um banco de dados global, que reúne milhares de trabalhos científicos publicados por universidades de todo o mundo”, afirma Carrie. Um exemplo a ser seguido.
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O carro do futuro será de plástico

Essa é apenas uma das tendências no setor automotivo, que fica ainda mais verde graças a baterias com maior autonomia e a reciclagem de combustíveis

Fred Leal
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CONCEITO 
As carrocerias dos quatro protótipos nas fotos foram feitas inteiramente com plástico
A última semana revelou novas perspectivas para que a indústria automotiva consiga se adaptar às exigências ambientais do consumidor moderno. Carros mais leves, com menor consumo de energia e maior rendimento e durabilidade, são tendência para os próximos anos, mas ainda não existe um modelo claro para a construção do primeiro carro popular ecológico. A tecnologia para que o objetivo seja alcançado encontra-se em plena fase de desenvolvimento e montadoras do mundo inteiro expõem suas melhores propostas em carros-conceito. Mesmo as marcas menores têm uma chance de crescimento graças à inovação: as melhores ideias podem partir de coisas tão simples e cotidianas quanto uma casca de banana.
O professor Alcides Leão, da Unesp, é um dos nomes que podem ajudar a reinventar a indústria automotiva. Ph.D. em ciência florestal pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, Leão e seus alunos desenvolveram em laboratório uma fibra de nanocelulose quase tão resistente quanto o Kevlar (usado em coletes à prova de bala), e até 30% mais leve. “São como membranas orgânicas que juntam dois materiais de características diferentes em um só, mais econômico e resistente”, explica Vitor Surian Gamba, mestrando em ciência florestal sob a tutela do professor Leão. O polímero combina fibras vegetais de plantas como a banana e o abacaxi a elementos plásticos derivados do petróleo, tornando-os até quatro vezes mais resistentes. O polímero foi apresentado no último dia 27, no 241º Encontro da Sociedade Química Americana, em Anaheim, no Estado da Califórnia.
O material tem tudo para substituir peças de alumínio e aço, tomando praticamente toda a estrutura dos veículos. Mas as inovações não ficam apenas do lado de fora: cientistas em lugares tão diferentes quanto Roma e o Estado americano de Illinois trabalham para desenvolver um novo modelo de bateria mais eficiente para os carros elétricos – que vivem um boom nos Estados Unidos, na Europa e em alguns países asiáticos. As novas baterias de Lítio-ion (Li-ion, mesmo material usado em aparelhos como celulares e laptops) prometem cargas mais rápidas e eficientes, garantindo maior autonomia para os veículos elétricos e reduzindo a dependência de combustíveis fósseis. Chamadas de “baterias de alta performance”, elas ainda vão ajudar a reduzir o consumo de energia dentro de casa, garantindo cargas mais rápidas em eletrônicos domésticos.
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REALIDADE
Na foto acima, motorista recarrega a bateria de seu carro
em São Francisco; abaixo, chinesa faz o mesmo em Xiamen
Com uma proposta mais imediata para redução de danos, cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, apresentaram também na conferência da ACS um novo método para converter o óleo de motor usado em combustível limpo. A técnica de reciclagem usa aquecimento por micro-ondas, transformando o óleo (misturado com um material absorvente) em gases e líquidos reutilizáveis. O processo não é novo, mas passa a tornar se muito mais eficiente, reduzindo a emissão de poluentes na atmosfera. Anualmente, são despejados no meio ambiente cerca de 30 bilhões de litros de óleo de motor usado. Parte dele é convertida em combustível para aquecimento de edifícios, ou re-refinado como lubrificante mais uma vez. “De qualquer forma, ambos os usos estão longe do ideal, devido à poluição causada pela queima do óleo”, diz o pesquisador-chefe do projeto, Howard Chase.
A nova tendência de mercado ainda engatinha, com diversos projetos nunca saindo da fase de conceito e desenvolvimento. Por enquanto, ainda chegam ao consumidor final apenas reinterpretações de tecnologias conhecidas, que buscam reduzir o consumo de combustível a partir de peças mais leves e motores mais eficientes – quase sempre sacrificando o desempenho do carro, que acaba enquadrado em nichos de mercado específicos de consumidores urbanos.
Novidades como o plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP), já utilizado em carrocerias de automóveis de luxo, ainda devem levar algum tempo para chegar às linhas de montagem de todo o mundo – mesmo após evoluções como a apresentada pela montadora japonesa Teijin, que revelou no começo de março um novo modelo para a produção em massa do material. O carro-conceito da Teijin é praticamente um esqueleto de automóvel, com cabine pesando apenas 47 kg (cerca de um quinto do peso de uma cabine tradicional) e usando bateria com 100 quilômetros de autonomia.
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Ta achando que filhote de tubarão é

 

brinquedo?!


Essa doeu!


Descubra como você é doce…
Mantenha o dedo no ponto vermelho durante o vídeo e veja como você é doce.


imagens O melhor e mais colorido infográfico sobre dosagem de radiação

Infográfico bem bacana e informativo sobre a radiação e seus efeitos em várias dosagens, agora você pode saber quantas bananas é preciso comer pra se morrer por radiação por exemplo.
O gráfico está em inglês, se alguém se animar pra traduzir manda pra gente que publicamos com os devidos créditos.

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