A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

sexta-feira, 10 de junho de 2011

The End

Assumindo que o universo teve um início, com o Big Bang, também terá um fim? Este fim é inevitável? E, se sim, em menor escala podemos considerar que a permanência da humanidade, ou da vida, na Terra, também chegará a ter um fim? Certo?

Nada é tão certo nesta seara, em que muitas questões permanecem em aberto. Um dos principais focos a se levar em conta é se a humanidade pode se sustentar, ou pode ser sustentada, e por quanto tempo, pois não é possível excluir a humanidade do ambiente em que vive, seja o ambiente terrestre ou o extra-terrestre. No que se refere ao terrestre, a permanência da humanidade na Terra está intimamente relacionada a fatores ambientais bem conhecidos, como as mudanças climáticas, perda de biodiversidade, ruptura dos ciclos do nitrogênio e do fósforo. Como a Terra não está em um sistema isolado, as interações com o universo influenciam diretamente a longevidade da vida terrestre. Raios solares, radiação, asteróides, cometas, e a possibilidade da existência da vida alhures são fatores incontestavelmente importantes. Mesmo porque algumas teorias sustentam que a vida tenha se originado a partir de matéria orgânica trazida à Terra por corpos celestes.

De acordo com Seth D. Baum (Pennsylvania State University), três abordagens principais podem ser usadas para a elaboração de argumentos sobre a longevidade (ou não) da humanidade na Terra: o determinismo ambiental, o paradoxo de Fermi e a escatologia física.

O determinismo ambiental estabelece que a permanência da humanidade na Terra depende unicamente de fatores ambientais, e não de decisões humanas. Assim, se as condições ambientais forem suficientemente generosas, poderemos viver na Terra por muito tempo. Caso contrário, estamos fadados ao desaparecimento.

No passado, o determinismo ambiental foi utilizado como argumento para explicar a superioridade cultural e fisiológica dos povos europeus sobre os outros povos. Dizia-se que os povos que viviam em regiões mais quentes e ensolaradas eram preguiçosos, ao contrário daqueles que viviam em regiões mais temperadas. Tais argumentos, ao lado do Darwinismo social, justificaram atitudes racistas e as práticas colonialistas que promoveram a escravidão e a exploração à exaustão dos povos de regiões não-européias.

Atualmente o determinismo ambiental é considerado como sendo uma alternativa pobre para explicar a sobrevida da humanidade na Terra, ainda que os fatores ambientais influenciem diretamente a ocupação de territórios inóspitos e a prosperidade em regiões exauridas. Considera-se que se o determinismo ambiental fosse o principal fator a estabelecer a permanência do homem na Terra, haveria muito pouco a se fazer para mudar cenários ambientalmente catastróficos. Por outro lado, se as decisões humanas podem influenciar diretamente a longevidade da espécie humana, muito pode ser feito para se transformar um cenário essencialmente pessimista. Mesmo assim, existem limitações ambientais que não podem ser ultrapassadas.

Como as formas de vida que conhecemos são as únicas que conhecemos,  e o sistema bioquímico que rege a vida na sua essência é universal, tal conhecimento nos indica que a posição do planeta no sistema solar determinou diretamente o surgimento da vida.  Por exemplo, a intensidade de radiação do sol, a ocorrência muito esparsa de “acidentes” com outros corpos celestes, bem como a história da evolução geofísica da Terra, são fatorres que influenciaram diretamente sobre o surgimento e evolução das espécies biológicas. Da mesma forma, a existência da humanidade no planeta só foi possível de acordo com as condições ambientais favoráveis para seu surgimento e manutenção. Mas não sabemos nada, ou sabemos muito pouco, sobre a existência de vida em outros planetas no Universo.

O físico Enrico Fermi (1901-1954) foi o primeiro a realizar cálculos sobre a possibilidade da existência de vida inteligente fora do planeta Terra, e formulou o seguinte paradoxo: se existem civilizações extra-terrestres, aonde estão? (conhecido como o paradoxo de Fermi). Possíveis soluções para tal questionamento:
a) existem, mas ficam apenas nos observando;
b) existem, mas em determinado ponto de sua existência são levadas inerentemente à auto-destruição;
c) existem, e crescem exponencialmente, mas ainda não as conhecemos.


Os problemas com estas respostas são os seguintes. A primeira parece ser uma resposta muito pouco provável, tendo em vista que tal atitude seria, no mínimo, bastante infantil para seres tão desenvolvidos. Já a segunda é bastante plausível, e poderia explicar o porquê de não termos ainda conhecimento de civilizações extra-terrestres. O problema é que, se tal destino for o de civilizações inteligentes, são menos inteligentes do que poderiam parecer. Tal parece ser o caso da civilização humana na Terra. A terceira resposta também é plausível do ponto de vista probabilístico, mas não do ponto de vista do determinismo ambiental. Pois a quantidade de recursos ambientais é sempre limitada, e não é possível para uma civilização crescer indefinidamente, em um único planeta, ou diferentes civilizações no Universo. A partir de determinado ponto de consumo e utilização dos recursos naturais, a perda de viabilidade ambiental leva à destruição de populações de tal forma que a constituição original de uma espécie fica inexoravelmente comprometida.

Embora exista a possibilidade da humanidade ocupar outros planetas, a atual tecnologia disponível ainda não permite a concretização desta proeza. Desta maneira, é melhor se levar em conta que os recursos naturais têm ocorrência e disponibilidade limitada, e diminuir sua  utilização, do crescimento populacional e das necessidades de consumo. Uma mudança de tal natureza no padrão de desenvolvimento humano poderia levar a uma situação de sustentabilidade prolongada. Civilizações extra-terrestres realmente inteligentes podem ter atingido tais níveis de equilíbrio em seu desenvolvimento, ainda que não nos sejam conhecidas.

Um dos atuais problemas para a sustentabilidade da sociedade humana na Terra é o consumo de energia. Inúmeras formas de utilização de diferentes matrizes energéticas estão sendo pesquisadas e exploradas, e ampliam os recursos para a expansão continuada da economia de consumo. Mesmo assim, os recursos energéticos disponíveis atingirão um limite de exploração e utilização. A possibilidade de se buscar recursos extra-terrestres não pode ser descartada, e a utilização de hélio-3, extremamente abundante na superfície lunar, poderia ser a solução como matriz energética durante os próximos 10 mil anos (através de fusão nuclear). Bastaria que fossem desenvolvidas formas de se extrair, trazer e armazenar hélio-3 na Terra.

O paradoxo de Fermi não exclui a possibilidade de estarmos no único planeta com vida de todo o universo. Esta hipótese parece ser ridícula? Não segundo Ward e Brownlee (2000). Se isso for verdadeiro, fica difícil aprendermos algo sobre a possibilidade da existência de vida extra-terrestre. E nosso grau de compromisso intra-específico e com o ambiente se torna significativamente mais importante.

Resta considerar a física escatológica, escatologia esta que faz alusão ao fim dos tempos, o fim do mundo, do universo, ou da humanidade, apocalíptico ou não. Tal escatologia seria de caráter determinista, e não haveria escolha. A ocorrência de asteróides gigantes, altamente destrutivos, corrobora uma hipótese desta natureza, e não poderiam ser impedidos por quem quer que seja, nem mesmo por Bruce Willis (em Armageddon). Porém, a física escatológica considera não somente finais cataclísmicos, como também um churrasco interminável, em que o sol aumentaria de tamanho (fato comprovado) e sua irradiação luminosa também. Em muitos milhões de anos tal aquecimento promoveria fusão dos silicatos, que consumiriam quantidades apreciáveis do CO2 presente na atmosfera, comprometendo o processo de fotossíntese. Em tais condições, a vida desapareceria por completo, antes de “passar do ponto”. Para tais casos, a geoengenharia teria que ser amplamente explorada para se evitar tais cenários. Mas não para sempre. Em 100.000.000.000.000 de anos as estrelas cessarão seu brilho, e em 100.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de anos o número de prótons disponíveis no universo será muito pequeno.

Como a vida não será eterna, nem aqui nem em lugar nenhum, devem ser avaliadas e tomadas decisões de profundo caráter ético, de maneira a minimizar ao máximo o prejuízo à espécie humana, intrinsecamente ligada às outras espécies do planeta. Levar em conta que as possibilidades de manutenção da vida são infinitas implica que um possível número de tais decisões poderia também ser infinito. Porém, sermos realistas implica em sermos responsáveis. A existência do Universo é estimada em vários bilhões de anos – mas não a existência da humanidade. Ainda que seja possível migrar para outros planetas, indefinidamente, tal perspectiva é ainda impossível, no estado atual de nosso conhecimento científico e tecnológico. Logo, a sustentabilidade da espécie humana deve levar em conta nossas atuais limitações.

Embora a questão da premência em se tomar tais decisões seja bastante debatida, se definir o momento adequado para tais decisões dificilmente pode ser estabelecido. Aparentemente, não o atual, segundo nossos governantes. O grande fracasso da COP-15, e a falta de compromisso da Índia e da China em estabelecer políticas concretas contra emissões de carbono, mostram claramente que o momento atual "parece" não ser o mais importante para a tomada de decisões desta natureza, e a implantação de ações efetivas para minorar possíveis problemas naturais que afetariam a espécie humana na Terra.

Colonizar outros planetas parece ser uma real possibilidade, e muitos pesquisadores pensam que temos muito tempo para desenvolver tecnologias para tal, se nada de muito ruim acontecer antes: guerras nucleares, emergência de grandes pandemias, colapso ambiental, e o impacto de um grande asteróide (mas quem sabe... Bruce Willis ... quem sabe?). Tais riscos são muito mais iminentes do que o fim do mundo, tal como concebido no apocalipse e por seitas catastrofistas. E por isso mesmo devem ser levados muito mais a sério. Mesmo o físico Stephen Hawking defende a idéia que a migração para outros planetas seria nossa salvação. Propostas incluem também a criação de uma biblioteca digital completa sobre a humanidade na Lua (Burrows, 2006), ou a criação de refúgios  (Hanson, 2008) ou de bancos de sementes aqui na Terra (Charles, 2006).


Embora tais cenários mais pareçam temas de histórias de ficção científica, não se pode negligenciar a crescente perda de diversidade biológica, o (possível, ou provável?) aquecimento global e a possível diminuição de fitoplâncton que comprometeria severamente a fixação de carbono através da fotossíntese.

Segundo Dawkins (em "O Gene Egoísta"), genes são as únicas entidades que se perpetuam na luta pela existência. Embora seu ponto de vista pareça um tanto quanto determinista e reducionista, poderia explicar que o instinto de sobrevivência da espécie humana (de origem genética) poderá, de certa forma, levar a uma mudança de visão de mundo (weltanschaung) em um futuro não muito distante. De outra forma, a evolução biológica, através da seleção natural, passará por cima da espécie humana como um caminhão passa por cima de um tomate.



Haikaa Yamamoto é uma brasileira com uma linda voz que conhece várias culturas e já morou em vários lugares pelo mundo. Com ajuda do amigo e também compositor Mércuri escreveu “Work of Art”, uma canção cantada em 19 idiomas. O resultado ficou agradável e bonito. Vale a pena ouvir e prestar atenção na letra.
Haikaa tem 36 anos, nasceu no Brasil, estudou o colegial no Japão e se formou em Relações Internacionais nos Estados Unidos. Neste outro vídeo ela fala sobre o seu projeto:

Guarda de transito filipino mostra seus irados passos 
de dança

Enquanto muitos reclamam do emprego esse cara se diverte e entretêm as pessoas que por ele passam durante seu turno de trabalho como guarda de transito nas Filipinas. Sensacional!

Martelo de Thor? Marreta Biônica!
Martelo de Thor? Marreta Biônica!   humor thor peru fail chapolin
Toque clássicos da música com Google Doodle do Les 
Paul
Toque clássicos da música com Google Doodle do Les Paul   tecnologia les paul google gibson doodle
Toque clássicos da música com Google Doodle do Les Paul   tecnologia les paul google gibson doodle Hoje é o aniversário do Les Paul guitarrista e criador da famosa série de guitarras Gibson que leva seu nome, como de praxe o google lançou um Doodle bem legal em sua homenagem e a galera não demorou pra aprender a tocar alguns clássicos, clique no botão do teclado e divirta-se!
“Asa Branca”, Luiz Gonzaga – 1235534 1235543 11235 54314 33223 2211
“One” (Metallica) – 3-7-3-5, 1-7-1-5, 3-7-3-5, 1-7-1-5-8
“In the End” (Linkin Park) – 2-6-6-4-3-3-3-342-6-6-4-3-3-3- 342 -6-6-4-3-3-3 – 3-4-2 – 6-6-4-3
“Run to the Hills” (Iron Maiden) – 0 009 990 889 778
“Judas” (Lady Gaga) – J KKKKK JHHHGJHGG JJJJL; HJ
Marcha Imperial do filme “Star Wars” – E E E Q T E Q T E U U U I
Harry Potter – E Y I U Y P O U Y I U Y U E
Oração. a banda mais bonita da cidade:
987 5765357 5765356 676767676797 676767676797 65677 57656567 57653265
UPDATE: Ta com preguiça de digitar? O leitor Luis Henrique fez um programinha que toca a música pra você. Baixe aqui.

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