Na vida real heróis morrem o tempo todo, mas nos quadrinhos, isso raramente acontecia – pelo menos até pouco tempo. Claro, nos antigos gibis, heróis, vilões e personagens de apoio frequentemente “pareciam morrer”, mas dificilmente essas mortes eram reais. Um pouco de clonagem, uma dose de remédio ou magia, uma gota de criação imaginativa na continuidade – e tudo estava como antes. Hoje, as coisas mudaram. Realidade é a palavra de ordem, e morte “permanente” impera nas HQs. Personagens não se levantam e saem andando do apocalipse, e há muitas razões para que isso aconteça .
"A morte da Fênix fez isso (fala ele se referindo à personagem daMarvel). É só olhar as vendas da revista dos X-Men. Foram aquelas edições (as da morte de Jean Grey) que levaram a equipe pro alto. Pela primeira vez, tinham assassinado um personagem de tal quilate... Foi polêmico. E esse evento é que aprovou a matança em grande escala. Crise (nas Infinitas Terras) não tem toda a influência de que falam por aí".
Mas mesmo que Crise não tenha tido efeito na maré aparentemente crescente de assassinatos de heróis mascarados, com certeza teve sobre seu autor.
"Colocando a morte numa escala tão grande em Crise, só depois eu percebi onde ela causa ou não um bom efeito", observa. "Pelo menos, na minha cabeça, a morte da Supermoça funcionou porque a gente se esforçou pra fazer a história funcionar. Acho que a morte do Flashrealmente enriqueceu a saga, mas não sei bem se foi uma boa ideia matá-lo. A história ficou ótima. Contudo, isso não justifica se Barry Allen deveria ir pro Além ou não. Não estou certo a respeito dele; só me sinto seguro quanto à Supermoça."
Já na época, Wolfman parecia incomodado com a banalização da morte nas HQs, e comenta:
“Hoje, porém, muitos personagens são mortos nas HQs, e você não tem nem mesmo um sentimento de perda por eles. Com frequencia, vejo que as mortes não são usadas pra fazer uma mudança nas revistas.”
Sobre o mesmo assunto e com mais humor, Walt Simonson, que esteve à frente das mais emblemáticas Sagas do Poderoso Thor brinca:
“Há boas e más maneiras de se matar personagens importantes. Assim que suas vendas começarem a cair, mate alguém!”.
Após confessar que estava sendo jocoso, ele continua:
“Certamente não é tão simples. É verdade que o público que compra gibis reage bem à morte – comercialmente, pelo menos. Não é uma linha narrativa que se pode usar frequentemente e, em alguns casos, todos sabem muito bem que o cara não vai ficar morto pra sempre. Logo, vão fazer histórias flashback ou criar outro personagem com o mesmo nome, pois a editora tem que proteger a marca registrada. A morte é uma ferramenta dramática e pode levar ao sucesso uma história dramática.”
São monstros sagrados das Histórias em Quadrinhos comentando há mais de 20 anos sobre um assunto que está cada vez mais atual e infelizmente, cada vez mais banal também.
A seguir comentários sobre o "morre e desmorre" nas HQs, passando por Crise nas Infinitas Terras(cujos efeitos bombásticos já foram desfeitos em sua maioria), a morte do Superman e as recentes ressurreições de Barry Allen e do próprio Capitão América.
10- ::SUPER-HOMEM- O famoso herói morreu em uma batalha contra um ser indestrutível, Apocalypse. A cena final foi mostrada em "Superman" nº75.
9- ::SUPER-MOÇA - O conceito de Super-Moça foi utilizado em várias histórias da DC Comics. Em uma delas, ela morre protegendo o Super-Homem de um meteoro de kryptonita. Depois de vários relançamentos, ela também se despede deste mundo pelas mãos de Anti-Monitor na saga "Crise das Infinitas Terras", publicada em 1985
8- ::SEIYA - Personagem da série "Os Cavaleiros do Zodíaco", Seiya de Pégaso já encarou a morte inúmeras vezes. Uma das versões é que Seiya foi vitimado no confronto contra Hades, nos Campos Elíseos, mas ressurgiu preso a uma cadeira de rodas em "Prólogo do Céu", quinto filme da série
7- ::ROBIN - Interpretado por vários personagens, o eterno parceiro de Batman também já se despediu deste mundo -- e por decisão do público. Jason Todd, que fez o segundo Robin depois de Dick Grayson, foi morto pelo Coringa na história "Morte em Família"
6- ::CAPITÃO MARVEL - As histórias do alienígena da raça Kree eram publicadas pela DC Comics. Depois de um período sem novos títulos, a saga foi retomada na novela gráfica "A Morte do Capitão Marvel", na qual o herói sucumbe a um câncer
5- :GOKU - Em "Dragon Ball", mangá japonês que deu origem às séries "Dragon Ball" e "Dragon Ball Z", o personagem Goku morreu em combates e até por conta de um ataque cardíaco provocado por um vírus
4- ::FLASH - Famoso velocista escarlate, o Flash --vivido pelo estudante Jay Garrick e, depois, por Barry Allen-- teve uma morte heróica em "Crise nas Terras Infinitas nº8", de 19
3- :FÊNIX - Personagem dos X-Men, Jean Grey, ou Fênix, recebe um pulso eletromagnético desferido por Magneto e morre nos braços de Ciclope
2- ::CAPITÃO AMÉRICA - Em "Capitão América nº25", Steve Rogers, o Capitão América, morre baleado por Ossos Cruzados e Sharon Carter (sob o controle hipnótico do Dr. Fausto)
Hoje pela manhã, nós noticiamos a tentativa de assassinato de um antigo super-herói. Podemos confirmar agora que a vítima foi identificada como sendo Steve Rogers, também conhecido como Capitão América. Rogers foi declarado morto no Hospital Mercy em decorrência de ferimentos múltiplos nos ombros, peito e estômago provocados por uma arma de fogo.
Relatos de testemunhas dão conta de que o primeiro tiro, que atingiu Rogers no ombro, partiu de um atirador posicionado no alto ou no interior de um dos edifícios adjacentes à Corte Federal. Diversos outros tiros foram disparados durante a comoção – acertando Rogers no peito e no estômago – mas as testemunhas presentes no local, assim como os soldados do Exército que estava escoltando Rogers, afirmaram ter visto apenas um tiro ser disparado.
A identidade do(s) assassino(s) bem como a origem dos disparos ainda não foram revelados. Agentes da S.H.I.E.L.D., do FBI e da polícia local estão trabalhando juntos na investigação e iniciaram a evacuação dos edifícios daquela área. Um porta-voz da S.H.I.E.L.D. se recusou a comentar sobre o tiroteio, e sublinhou que alguns detalhes sobre a investigação seria disponibilizados ao longo do processo.
Rogers, um veterano da Segunda Guerra Mundial que foi considerado desaparecido ao final do conflito, retornou à ação décadas depois e teve papel importante nos primeiros dias dos Vingadores. Ele esteve à frente da liga americana de super-heróis até recentemente quuando abertamente e de modo violento se opôs ao Ato de Registro de Super-Heróis determinado pelo governo dos Estados Unidos. Como Capitão América, Rogers lutou contra as forças Pró-Registro na última semana em Manhattan até se render e se entregar à custódia da S.H.I.E.L.D. Ele estava a caminho de sua audiência quando foi baleado pela manhã de hoje.
1- ::BATMAN - O Homem-Morcego se despediu deste mundo em uma batalha contra Darkseid --foi atingido pela Sanção Ômega, que aprisiona a alma da sua vítima em uma série de vidas alternativas. No penúltimo capítulo de "Crise Final nº6", o Super-Homem encontra o cadáver carbonizado de Batman na base do vilão.
Grant Morrison deixou os fãs de quadrinhos confusos essa semana ao mostrar, em Final Crisis 6, o destino doBatman. Destino esse, aliás, que supostamente já havia sido resolvido na série Batman R.I.P.. Teorias sobre o que realmente aconteceu infestam a Internet - e o siteWizarduniverse conversou com o escritor para tentar lançar alguma luz sobre o caso.
As declarações abaixo estão carregadas de surpresas da série - que ainda vai levar algum tempo para chegar ao Brasil, portanto, leia por sua conta e risco.
Morrison começou brincando, dizendo que se sente comoJohn Wilkes Booth (o assassino de Abraham Lincoln) por ter entrado para a história como o homem que matou Batman. "É fantástico", disse. "Eu ainda voltarei a esse tema.. Não sei como exatamente serei lembrado, mas prefiro pensar que será pelos capítulos finais. Estamos planejando essa saga há bastante tempo, desde as primeiras discussões sobre Final Crisis, acho que remonta a 2006".
Incialmente, Batman R.I.P. seria uma "desconstrução psicológica do Morcego", mas o editor Dan Didio gostou tanto do título que resolveu juntar idéias que circulavam na DC Comics sobre o universo do super-herói e a tal "Crise Final". "Mas eu ressalto que as pessoas não devem pensar nestes acontecimentos como uma morte, mas apenas parte da história. Tem mais umas coisas legais vindo pela frente", continuou.
Sobre a maneira como Batman morre - atingido por uma rajada de Darkseid logo depois de disparar uma arma no poderoso regente de Apokolyps -, Morrison disse "eu queria uma história que fosse mítica. Algo nessa escala. Não é realista, não fala de política ou das coisas que estão acontecendo nas ruas. Ela é sobre o que acontece quando os deuses começam a interferir na vida e a vida se torna mítica".
"Para mim, a raiz do mito do Batman está nas balas e na arma que o criaram. Então ele está finalmente completando esse grande círculo ao empunhar uma arma e disparar balas contra a própria encarnação do mal", seguiu.
Morrison disse ainda que as últimas palavras do Homem-Morcego, "te peguei!", referem-se ao fato de que finalmente ele conseguiu ter o deus do mal em sua mira - e o matou. "Esse era a missão dele o tempo todo, desde a primeira bala. Batman tem senso de humor e é mais esperto que Darkseid", acredita.
"Mas a história não está nem perto do fim", completou o escritor, que deve retornar ao título do Batman no meio do ano.
TIRINHA DO DIA
CURIOSIDADE DO DIA
O que é mais perigoso: raio ou trovão?
Existem pessoas que só de verem nuvens negras se formando no céu já começam a tremer de medo de raios e trovões. Pode parecer exagero, mas quando se trata de raios, todo cuidado é pouco. No Brasil, de 2000 a 2009, 1.321 pessoas morreram atingidas por raios, segundo levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgada em março deste ano. O balanço de 2010 aponta que 30 pessoas perderam a vida por causa de raios, estando a maior incidência na região Sudeste.
"O raio é perigoso porque é uma descarga elétrica, que ao atingir uma pessoa, ou cair próximo dela, pode ser fatal. Já o trovão é apenas o som proveniente do deslocamento de ar da passagem do raio", explica Gerson Santos, integrante do grupo de espetáculos Ciência em Show.
A descarga do raio é visível a olho nu, com trajetórias sinuosas e de ramificações irregulares. Este fenômeno produz um clarão conhecido como relâmpago. "Então se você escutar o trovão é sinal de que o raio não lhe atingiu", brinca Gerson.
Em dias de tempestades, a melhor forma de evitar ser atingido por estas descargas elétricas é manter distância de áreas descampadas, como praias, campos, botes, e não ficar embaixo de árvores. Em caso de impossibilidade de escapar destes locais, o recomendado é ficar abaixado e colocar a cabeça entre os joelhos, formando uma posição mais esférica e menos alta, tornando-se menos vulnerável aos raios. Construções com pára-raios e automóveis com os vidros fechados são os melhores locais para se proteger.
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