Por que o céu é azul ?
Sabemos que a luz é formada pela união de várias cores. Ao entrar em contato com a atmosfera, ela espalha-se devido às particulas existentes no ar.
Porém as ondas de cada cor espalham-se de forma diferente, dependendo do seu comprimento. Quanto mais curtas, mais dispersas elas se tornam. O comprimento da onda azul faz com que ela se espalhe o suficiente para dar ao céu a tonalidade que vemos.
Já no final da tarde, o sol ilumina obliquamente, obrigando os raios a fazer um caminho mais longo para chegar à Terra. Tal fato dispersa quase totalmente a luz azul e torna visível a vermelha, que possui um comprimento maior, dando-nos o espetáculo do pôr-do-sol vermelho amarelado.
Televisores mais antigos (de tubo) costumam fazer pequenos estalos quando são ligados ou desligados. Esse fenômeno não ocorre, porém, com as novas TVs de Plasma, LED ou LCD. Mas por que só ouvimos os ruídos em televisores antigos?
O mestre em Física pela USP e integrante do grupo de espetáculos científicos Ciência em Show, Gerson Santos, explica que isso acontece "porque na tecnologia do tubo, elétrons são 'disparados' de uma fonte dentro do tubo e atingem a tela do televisor, pelo lado de dentro, ficando a mesma com excesso de elétrons". Este excesso é chamado de efeito de eletrização.
No entanto, ao atingir níveis críticos, essas cargas acumuladas "descarregam" no ar ou em objetos próximos, provocando tais ruídos e pequenos estalos. Nada que prejudique o funcionamento da TV.
Por que se pode tomar um choque ao encostar em outra pessoa?
Quantas vezes você encostou em alguém, em uma torneira, chuveiro ou abriu a porta de um carro e tomou um choque? Isso acontece quando a carga estática de uma pessoa está diferente de outra ou do que ela toca, ou seja, um está mais "carregado". Nessa situação, o contato resulta em uma troca de cargas elétricas.
Essa sensação não traz maiores danos, até porque a corrente gerada é muito baixa, explica a professora Gabriela Hoff, da Faculdade de Física da PUC-RS. "Cada corpo com acúmulo de carga apresenta um potencial diferente. Quando em contato, estes corpos propiciam a passagem de carga em função do tempo, ou seja, corrente elétrica", explica ela.
Os choques deste tipo são mais comuns no inverno, quando muita gente usa roupas de lã sintética, material que mantém a carga elétrica. Se a pessoa está descalça, essa corrente é liberada aos poucos e não chega a ser percebida. Porém, se a pessoa está com um calçado com solado de borracha, que serve como isolante, ela acumula maior carga. Nesse caso, um simples aperto de mão em outra que não tem a mesma carga estática podem fazer com que ambas sintam um leve choque, pois o excedente de carga em uma das pessoas se distribui, passando parcialmente para a outra.
O mesmo princípio acontece quando encostamos em um carro. Se estivermos com acúmulo de carga elétrica, ao tocarmos na porta do automóvel também sentimos o choque, pois o carro acumula carga ao se movimentar. O atrito com o ar faz com que a carga elétrica fique na superfície externa do carro, que é de metal.
Mas, afinal, o choque é o mesmo para todo mundo? Não, responde a professora Gabriela, que exemplifica que o choque pode ser em maior intensidade e dor para uma pessoa entre várias expostas a uma mesma correntetensão de 110 Volts. A explicação é a resistência do circuito e até a parte do corpo que foi exposta ao choque: se encostar um dedo em uma tomada, o choque é maior do que se o contato for com a mão, pois nesse último caso há uma maior dispersão. Além disso, cada pessoa apresenta uma resistência diferente, pois cada indivíduo e composto por proporções diferentes entre os tecidos que formam o corpo.
O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é 1 mA (miliampère). Com uma corrente de 10 mA, a pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos para se livrar do contato. O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 3 A, dependendo se a corrente é contínua ou alternada, os efeitos variam.
Por que os olhos saem vermelhos em algumas fotos?
Se ao tirar uma foto de seus amigos em uma festa os olhos deles aparecerem vermelhos na imagem, não encare esse defeito como um sinal de que está na hora de trocar de câmera ou abandonar seu sonho de ser fotógrafo. Pontos vermelhos nos ohos são resultado do reflexo do flash na retina, uma espécie de membrana localizada na parte de trás do olho, segundo o oftalmologista Henrique Schneider, especialista em retina pela Universidade do Sul Califórnia (EUA).
Ele explica que, quando uma foto com flash é tirada, a luz que sai da câmera entra nos olhos passando pela córnea e cristalino até chegar ao fundo do olho, na retina. A luz bate e retorna para fora, refletindo a coloração vermelha da retina, que se deve ao grande fluxo de sangue no local.
O efeito indesejado, no entanto, não aparece em todas as fotos com flash. Para que os olhos fiquem vermelhos é preciso que as pessoas estejam com o olhar bem de frente para a câmera. Assim, forma-se o ângulo suficiente para que a luz bata no fundo do olho e volte em linha reta em direção à lente.
Responsável pela cor vermelha do reflexo, a retina tem a função de converter a luz que entra nos olhos em estímulos que viajam pelo nervo ótico até formar a imagem percebida por meio do cérebro. "A retina é como se fosse uma antena parabólica lá atrás do olho captando as imagens", explica Schneider.
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