A MENTE QUE SE ABRE A UMA NOVA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL.
Albert Einstein

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

OBF, SNEF, Vestibular & Entrevista da semana


SELETIVA FINAL PARA AS OIF´S 2011



ESTUDANTES SELECIONADOS PARA A FASE FINAL DE SELEÇÃO PARA AS OIF´S 2011
De acordo com o item 7.5 do regulamento da OBF e normatizada pela circular OIF2011.pdf (http://www.sbf1.sbfisica.org.br/olimpiadas/obf2009/admin/arquivos/OIF2011.pdf) os estudantes abaixo relacionados foram selecionados para a fase final de seleção.


I – Estudantes que cursaram o 1º ano do ensino médio no ano de 2010:
HELENA WU
IVAN TADEU FERREIRA A FILHO
LARA TIMBÓ ARAUJO

II – Estudantes que cursaram o 2º ano do ensino médio no ano de 2010:
ARTUR PIMENTEL DE OLIVEIRA
DAVI LIMA DE MESQUITA
GUSTAVO HADDAD FRANCISCO E S BRAGA
HENRIQUE ROCHA MACAMBIRA
JOÃO PEDRO C. PEREIRA
JOSÉ ELITON ALBUQUERQUE FILHO
JOSÉ GUILHERME GODOI ALVES
KAYO DE FRANÇA GURGEL
LUCAS LOURENÇO HERNANDES
MIGUEL AUGUSTO DE BORTOLI SAGGIN
RICARDO DUARTE LIMA
TABATA CLAUDIA AMARAL DE PONTES

A seleção final será realizada nos entre os dias 17 e 21 de abril no Instituto de Física de São Carlos – Universidade de São Paulo.








UNICAMP 2011 - Prova de Física

UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas, através da COMVEST - Comissão Permanente para os Vestibulares, divulgou hoje as respostas esperadas do seu vestibular 2011, segunda fase. Veja (em PDF) as respostas oficiais da prova de Ciências da Natureza na qual as questões 17 a 24 são de Física.

Confira logo abaixo as questões de Física (enunciado e resposta) resolvidas e comentadas por professores  do Sistema Anglo de Ensino no Anglo Resolve
  • questão 17  [Física Clássica: Leis de Newton e Energia]
  • questão 18  [Física Clássica: Cinemática do Movimento Circular]
  • questão 19  [Física Clássica: Dinâmica e o conceito de Pressão]
  • questão 20  [Física Clássica: Óptica da refração tendo como pano de fundo a Radiação Cerenkov, assunto tradicionalmente não abordado no ensino médio]
  • questão 21  [Física Clássica: Eletromagnetismo e Dinâmica tendo como pano de fundo a Supercondutividade, assunto não tratado explicitamente no ensino médio]
  • questão 22  [Física Clássica: Termofísica e Eletrodinâmica tendo como pano de fundo o Grafeno, material cujo estudo valeu o Nobel de Física 2010]
  • questão 23  [Física Clássica: Termodinâmica e Eletrodinâmica tendo como pano de fundo os termopares também não estudados explicitamente no ensino médio]
  • questão 24  [Física Moderna: O conceito de fóton e suas aplicações no mundo quântico]
Como sempre, a prova de Física da UNICAMP  foi muito bem feita e explorou deforma contextualizada conceitos fundamentais da disciplina. Achei bem bacana a questão 22 abordar o Grafeno, assunto que valeu o Nobel de Física 2010. Uma maneira inteligente de divulgar conhecimento através da própria prova! Na mesma linha, gosto muito da abordagem de assuntos não tratados explicitamente no ensino médio mas que servem de pano de fundo para questões que cobram os temas clássicos (vide questões 2021 e 23). Mais uma vez a prova "ensina", estimula o aluno curioso a procurar estes assuntos e aprofundá-los, além de fazer os candidatos pensarem durante a resolução das questões que devem ser encaradas como situações-problema, o que os distancia cada vez mais da atitude abominável da decoreba e das resoluções mecanizadas. Isso é, sem dúvida, uma inestimável contribuição para a melhoria da qualidade do ensino médio!
Chama-me também muito a atenção a questão 24 que cobra a Física Moderna, a Física do século 20. Como a introdução de Física Moderna no programa do ensino médio ainda não é consenso em todas as escolas e sistemas de ensino do país, o enunciado é camarada e "ensina" os novos conceitos ao candidato fornecendo até as equações necessárias para o modelo. Cabe ao aluno uma boa leitura, interpetação e associação com o que já sabe de Física para resolver a questão.

Entrevista da Semana





Para o físico americano, em 100 anos a tecnologia dará ao ser humano o poder dos deuses gregos
Peter Moon

Michio Kaku tem um dom pouco comum entre os cientistas. Ao mesmo tempo que domina o jargão incompreensível da academia, Kaku se comunica com o público leigo com admirável facilidade. Na Universidade da Cidade de Nova York, Kaku pesquisa e ensina física teórica. Fora do campus, é um dos mais conhecidos divulgadores científicos nos Estados Unidos. Por meio de livros e documentários, Kaku traduz os avanços da ciência e suas consequências no dia a dia. Em A física do futuro – Como a ciência transformará o cotidiano em 2100, seu novo livro que sairá nos Estados Unidos em março, Kaku sonha longe. Ele parte das tecnologias de ponta que só existem em laboratório para extrapolar seus usos em potencial daqui a um século. E diz que não é apenas ficção científica.

QUEM É
O físico americano Michio Kaku, de 64 anos, é professor de física teórica da Universidade da Cidade de Nova York


O QUE FAZ
Kaku pesquisa a Teoria das Cordas, candidata à teoria final que explicaria a natureza do Universo. Kaku é um conhecido divulgador da ciência e apresentador de documentários de TV


O QUE PUBLICOU
Escreveu uma dúzia de livros, entre eles Hiperespaço (1994), Mundos paralelos (2004) e A física do impossível (2008)


ÉPOCA – Em seu novo livro, o senhor se atreve a descrever as tecnologias que serão dominantes em 2100. Não é um arriscado exercício de futurologia falar do mundo daqui a 100 anos?
Michio Kaku
– O livro é o resultado de minhas conversas e entrevistas com 300 cientistas, os mais importantes pensadores do futuro em todo o mundo. Eu os entrevistei para documentários no Discovery Channel e na PBS (Public Broadcasting Service, a rede de TV pública americana). Também apresento um programa de rádio em rede nacional, no qual entrevisto dois cientistas por semana. A física do futuro surgiu da reunião das considerações daqueles pesquisadores sobre os próximos 100 anos.


ÉPOCA – O livro aborda tecnologias que existem em laboratório. Por que esperar?
Kaku – 
Sim, essas tecnologias existem na forma de protótipos. Assim, não estou falando de ficção científica, mas de tecnologia de verdade. As tecnologias que apresento no livro sairão do laboratório para invadir nosso dia a dia nos próximos 20 ou 30 anos. Mas, quando avançamos 50, 80, 100 anos no futuro, é preciso mudar o referencial. Em 1900, na época de nossos tataravôs e bisavôs, não havia televisão, nem computadores, nem internet. Os automóveis eram artigos de luxo exclusivos dos muito ricos. O mundo se movia em carroças puxadas por cavalos. O telégrafo era uma tecnologia de ponta, e o recém-inventado telefone era uma distração das elites. Meu avô veio do Japão para os Estados Unidos há um século. Se estivesse vivo, ele nos veria como se fôssemos bruxos, capazes de assistir ao vivo imagens transmitidas do outro lado do mundo e conversar instantaneamente com outras pessoas à distância. Para meu avô, nós seríamos feiticeiros. Por analogia, se alguém de 2100 voltasse hoje à Terra, nós o veríamos não como um bruxo, mas como um deus grego.


"Somos bruxos que usam elétrons para processar dados pela internet.
Mas ninguém ainda consegue fazer um carro a partir do nada"

ÉPOCA – Por que grego?
Kaku – 
Pense as coisas que os deuses gregos eram capazes de fazer. Segundo a mitologia, Zeus era capaz de controlar pessoas e mover objetos com o pensamento. É o que quero dizer quando afirmo que, para nós, o homem de 2100 seria visto como um deus, nunca um bruxo. Os bruxos recorrem à magia, usam varinhas, fazem poções, declamam encantamentos. Aos deuses basta o desejo. O homem do futuro acessará informações e criará novas realidades usando a mente ou um aceno das mãos.

ÉPOCA – Se, para seu avô, nós pareceríamos bruxos, o controle remoto é uma varinha mágica. O senhor quer dizer que o controle remoto desaparecerá?
Kaku – 
Mais que isso. Ele não será necessário. Falo da possibilidade de criar objetos a partir do nada. Imagine que você queira materializar um carro aqui e agora. Nenhum bruxo seria capaz de fazê-lo. Esqueça o Windows e a Apple. Nenhum programa da Microsoft permite materializar um objeto tridimensional. Não estou falando de programas de computador. Estou falando de matéria programável, matéria que pode ser controlada para assumir formas e desempenhar funções, como a lâmpada deste abajur que ilumina o ambiente. A diferença entre um bruxo e um deus é que o bruxo manipula elétrons para obter luz, eletricidade, lasers...

ÉPOCA – Essa lâmpada foi fabricada e plugada numa rede elétrica igualmente projetada e construída. Em 2100, bastará dizer “faça-se a luz!” e abracadabra?
Kaku – 
Sim, só que sem o abracadabra. Somos bruxos que usam elétrons para processar informações num computador e enviar pela internet. Mas nem você nem eu somos capazes de materializar coisa alguma. O ser humano não descobriu como criar formas de vida que jamais existiram na Terra. Não podemos mentalizar um carro e vê-lo surgir na nossa frente. Essa é a diferença entre a tecnologia que mudará nossa vida em 30 anos e o que será possível em 2100.

ÉPOCA – Professor, continua complicado. Seja mais claro.
Kaku – 
Existe nos laboratórios uma nova tecnologia chamada matéria programável. Ela se baseia na produção de chips menores que um grão de areia.

ÉPOCA – É a nanotecnologia?
Kaku – 
Não. A nanotecnologia ainda é uma promessa distante. Apesar de quase invisíveis, os chips de matéria programável são milhões de vezes maiores que os nanorrobôs, os robôs moleculares imaginados pela nanotecnologia. Estou falando da tecnologia de sistemas micromecânicos (MEMS, em inglês), mais especificamente de um novo ramo da MEMS chamado claytrônica. A claytrônica usa robôs diminutos como grãos de areia (clay, argila na tradução do inglês). Em cada grão, haverá um supercomputador. Os grãos terão carga elétrica positiva ou negativa. Ao controlar suas cargas, controlaremos os grãos. Por serem pré-programados, a um comando eles se conectarão uns aos outros, criando objetos. Assim, de um monte de areia surgirá um carro ou qualquer objeto tridimensional que se queira.

ÉPOCA – Como são tais grãos? Já existem?
Kaku – 
Eles se chamam “cátomos” (do inglês catoms, contração de “átomos claytrônicos”). Os cátomos poderão se mover, comunicar-se uns com os outros e mudar de cor. Em 2009, a Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, Ohio, realizou uma demonstração pioneira do funcionamento dos cátomos. Eles só são visíveis ao microscópio.

ÉPOCA – O que isso tem a ver com o poder dos deuses gregos?
Kaku – 
Tente imaginar como será nossa vida quando os “cátomos” se tornarem realidade, uma parte invisível do cotidiano. No dia em que sua mulher se cansar do sofá da sala, bastará controlar os cátomos constituintes do sofá para ele mudar de forma. Eles se rearranjarão instantaneamente. O sofá desaparecerá. Em seu lugar surgirá uma mesa. Pense nas consequências dessa tecnologia quando ela se disseminar.

ÉPOCA – Não será preciso produzir mais nada, a não ser cátomos e a energia para alimentá-los – além da comida para nos alimentar? As fábricas fecharão?
Kaku – 
A invenção da máquina a vapor desencadeou o mesmo tipo de crítica há 150 anos. Diziam que as tecelagens inglesas fechariam, que os trabalhadores perderiam o emprego. Por volta de 1900, com a eletrificação das cidades, a caldeira a vapor foi aposentada. Na mesma época, carros movidos a combustão interna começavam a tomar as ruas, decretando o declínio das ferrovias e do navio a vapor. Agora, começa a substituição do carro a gasolina pelo elétrico. Ninguém parece infeliz. O que dizer dos meios de produção em 2100? Nem sabemos se ainda haverá fábricas em 2100?



TIRINHA DO DIA


CURIOSIDADE DO DIA

Por que os cachorros ficam dando voltas antes de deitar?



Certamente você já viu o seu cãozinho girando no mesmo local antes de deitar. Mas qual será o motivo?

Não pense que o seu cãozinho é maluco só porque ele fica dando várias voltas antes de deitar em determinado lugar. Isso é comum a todos os cães.
Daniel Svevo, veterinário e consultor da Cão Cidadão, empresa especializada em adestramento e comportamento animal, explica que esta atitude dos cães foi herdada de seus ancestrais, que usavam essas voltinhas como estratégia de sobrevivência. Eles giravam para sentir a direção do vento, que poderia espalhar o cheiro de seu corpo e, então, para se defenderem, deitavam em uma posição que permitisse perceber a aproximação de algum predador.
Mas, de acordo com Daniel, hoje este comportamento é apenas instintivo e já nasce com o cão. "Sua genética está programada para isso, embora ele não precise mais deste artifício, já que não precisa mais enfrentar predadores", esclarece.
Segundo ele, os cães que tinham este comportamento apresentaram ao longo do processo evolutivo maior sucesso reprodutivo e venceram a seleção natural.
Várias outras ações corriqueiras do cão não apresentam função atualmente, mas são realizadas por instinto. O cachorro levanta a pata para fazer xixi, por exemplo, como forma de demarcar território e mostrar que é superior ao outro. Quanto mais alto o cão conseguir levar sua urina, mais forte ele é percebido pelos outros cães. Esse comportamento é mais comum nos machos, mas, de acordo com Daniel, algumas cadelas também podem levantar a pata ao urinar.
Raspar a pata no chão é outra maneira do animal dizer "este lugar me pertence". Os cães não possuem glândulas sudoríparas ao longo do corpo, como os humanos. Suas glândulas de suor se concentram nas patas. Por isso, ao rasparem determinado lugar estão reservando o espaço com o cheiro de seu corpo.

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